Reeducandos de unidades de Porto Velho concluem cursos

Reeducandos de unidades de Porto Velho concluem cursos

Reeducandos de unidades de Porto Velho concluem cursos

Foto: Divulgação

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Um total de 33 reeducandos de três unidades prisionais de Porto Velho concluíram cursos profissionalizantes neste mês. Na Penitenciária Estadual Ênio dos Santos Pinheiro e na Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo (Panda), 21 reeducandos se formaram no curso de mecânico de freios, suspensão e direção de veículos leves, enquanto que na Penitenciária Estadual Aruana foram 12 certificados no curso de costureiro de máquina Reta e Overloque.

Segundo a Gerência de Reinserção Social da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), os cursos são oferecidos pelo Ministério da Educação (MEC), via Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Prisional).Para o instrutor de vestuário do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Emanuel Fonseca, foi uma experiência única ministrar cursos para pessoas privadas de liberdade. “Foi a primeira vez que ministrei cursos para reeducandos, as aulas fluíram bem, eles alcançaram a meta esperada, todos foram aprovados e estão aptos a exercer a função”, afirmou o instrutor.
 
Há quatro anos e seis meses privado de liberdade, Clenilson Lima da Silva relata que ao iniciar o curso pensou em desistir, mas depois de quatro dias mudou de ideia e quebrou o preconceito de que costura é um trabalho feminino. “Tive a oportunidade de fazer o curso e aprendi muito, além de ocupar o tempo agregamos novos valores e ganhamos conhecimento”, relatou.O reeducando já participou de outros cursos oferecidos na unidade. Clenilson considera que o interesse é para remir pena e, independente do curso que estiver fazendo, o reeducando estará enriquecendo o conhecimento.
 
“A cadeia muda a pessoa para o bem ou para o mal. É uma questão de escolha. A própria pessoa tem que tomar a decisão de mudança e seguir um novo caminho. Essa foi a decisão que eu tomei. Só posso falar por mim. Os cursos que tive a oportunidade de fazer foi um aprendizado. Quando eu sair do sistema terei um diferencial a mais, de um aprendizado que adquiri aqui dentro. Terei passado o meu tempo dentro do sistema prisional lendo um livro ou fazendo algum curso que, com certeza, irá agregar valores na minha vida fora daqui”.

Clenilson ainda ressaltou que tem como expectativa de vida fora da cadeia se formar em engenharia elétrica. “Sei que lá fora minha batalha não será fácil, e todo recomeço é difícil”, afirmou.
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