O secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Marcelo Bessa, esteve na última terça-feira (21), na Câmara Federal em Brasília para participar da sessão da CPI do Tráfico de Pessoas.
A CPI acusa o Estado pelo desaparecimento de 13 trabalhadores da Usina Jirau, que foram intimados pela polícia como suspeitos de participarem do incêndio ocorrido no dia 3 de abril deste ano, que resultou na destruição de alojamentos da usina, mas para a polícia estes não passam de foragidos.
O secretário de Segurança, Marcelo Bessa, disse que a informação não procede já que até o momento não há qualquer registro de familiares alegando o desaparecimento dos trabalhadores. “Existe um mandado do judiciário do Estado de busca e prisão. O que pode estar acontecendo é que boa parte deles são oriundos de fora do Estado, e não retornaram com medo de serem presos”, disse Bessa.
De acordo com informações da polícia, no dia do episódio, foram detidos aproximadamente 30 trabalhadores da Usina acusados de terem colocado fogo nos alojamentos, no entanto, devido à estrutura da delegacia de Nova Mutum e a insuficiência de provas, todos foram liberados, mas o inquérito policial foi instaurado. Contudo, no dia 4, com mais provas o juiz decretou o cumprimento do mandado de busca e prisão dos 24 trabalhadores. A Polícia Civil realizou a “Operação Vulcano” com o objetivo de cumprir os mandados, sendo que nesta operação dos 24 trabalhadores, apenas 11 foram presos e os 13 restantes não foram localizados.
Desses trabalhadores que não foram localizados, no entanto, para a polícia, não passam de pessoas foragidas.