Começou na manhã desta segunda-feira (16) a audiência no Tribunal de Justiça de Rondônia, onde os Desembargadores analisarão as três primeiras denuncias envolvendo os acusados envolvidos na Operação Termópilas, entre eles o Deputado Estadual Valter Araújo, acusado de ser chefe da quadrilha que desviava dinheiro público.
No inicio das audiências, os empresários envolvido no esquema afirmaram aos Desembargadores que eram extorquidos pelo então presidente da Assembléia Legislativa, Valter Araújo, motivo o qual se viam obrigados a pagarem altas propinas a chefe da ALE/RO. Um dos empresários acusados, José Miguel Saud Morheb, dono da empresa Maq Service afirmou que foi pressionado por Valter Araújo desde o primeiro dia em que o deputado assumiu a presidência da Assembléia Legislativa de Rondônia.
Entre as ações da defesa está a tentativa de anular as acusações sob a alegação de que as escutas ambientais colocadas pelos agentes federais durante as investigações da Operação Termópilas não foi legal, os advogados afirmam que a lei apenas prevê escutas telefônicas. A defesa ainda argumentou que o Desembargador Sansão Saldanha segurou por bastante tempo os processos para análise da defesa sob alegação de sigilo de justiça.
O Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar, afirmou que determinações tomadas por Sansão Saldanha com referencias as escutas foram feitas com legalidade e jurisprudência em casos semelhantes amparados em tribunais superiores. Já em relação à demora a liberação do processo, o Procurador-Geral afirmou que havia um grande numero de advogados com interesse nos autos e a decisão do Desembargador foi totalmente amparada pelo próprio TJ/RO.