Governo Federal e Exército retiram criminosos que destroem floresta, grilam terras e retiram recursos naturais
Foto: Clareira surgiu na Terra Indígena Karipuna, dizem lideranças - Arquivo Pessoal
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O Governo Federal deu início a uma operação de desintrusão na Terra Indígena (TI) Karipuna, situada entre Porto Velho e Nova Mamoré, em Rondônia.
Esta ação quer retirar invasores da área, que vem sendo ameaçada por atividades ilegais de madeireiros e garimpeiros, os quais exploram os recursos naturais, poluem os rios, colocam em risco a saúde da população local e ameaçam a cultura e organização social dos povos indígenas.
O objetivo da operação é retirar os invasores de maneira pacífica e reintegrar as terras à União, com o apoio de órgãos como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Força Nacional, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
As medidas incluem a destruição de instalações e acessos para evitar novas ocupações, além de um monitoramento contínuo e a implementação de um plano de sustentabilidade em colaboração com o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério da Defesa.
A TI Karipuna abrange cerca de 153 mil hectares e é habitada pelos Karipuna de Rondônia. Devido a um histórico de extermínio, as comunidades são pequenas, compostas majoritariamente por jovens que trabalham em distritos e vilas de Porto Velho, segundo o governo.
Ponte construída pelos invasores para transportarem madeira retirada ilegalmente - Foto: Arquivo Pessoal
Desmatamento
Denúncias de indígenas Karipuna no início de 2024 revelaram uma clareira desmatada por madeireiros e grileiros, com a intenção de criar gado ou plantar na área protegida, localizada na região conhecida como Igarapé Fortaleza, a cerca de 3 km da divisa do território.
Lideranças indígenas afirmam que enfrentam crimes como desmatamento, pesca predatória e extração ilegal de madeira.
A invasão não se restringe a um único ponto, afetando a fauna, flora e recursos hídricos da TI. Em 2023, a Plataforma Brasil Mais registrou 51 alertas de desmatamento na TI Karipuna, uma redução de 88% em comparação aos 435 alertas de 2022.
Entretanto, um relatório do Observatório da BR-319 destacou que a TI Karipuna foi a mais desmatada entre as 69 áreas indígenas próximas à rodovia BR-319 em 2022, com 1.733 hectares desmatados, representando quase metade de todo o desmatamento nas terras indígenas ao longo do eixo da BR.
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