VILHENA: Servidora denuncia rachadinha na Câmara dos Vereadores

Do salário de R$ 5.700,00 servidora diz que era obrigada a devolver R$ 1 mil

VILHENA: Servidora denuncia rachadinha na Câmara dos Vereadores

Foto: Divulgação

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Já está no Ministério Público de Vilhena, onde foi protocolada na manhã desta segunda-feira (26) uma denúncia que irá abalar as estruturas morais da Câmara de Vereadores. O explosivo material inclui imagens de servidor comissionado “no rolê” em viagem particular para outro Estado, sem que suas faltas sejam descontadas.
 
 
A autora das denúncias é Kerlys Jacob, de 31 anos, nomeada em cargo comissionado na Câmara no dia 09 de fevereiro deste ano. Ela conta que, no mesmo mês, foi chamada para uma conversa com o vereador que lhe deu o cargo, e o parlamentar teria exigido R$ 1 mil por mês do salário de R$ 5.700,00 que a denunciante recebia.
 
 
“O vereador alegou que estava fazendo isso com toda a sua equipe, pois precisa do dinheiro para a campanha do ano que vem, quando vai disputar a reeleição”, conta a ex-servidora, que apresentou o print de uma conversa no WhatsApp na qual o parlamentar pergunta se ela havia sacado o dinheiro no banco.
 
 
Após pagar duas parcelas da “rachadinha”, a servidora se recusou a devolver o dinheiro no terceiro mês (abril), ficando com o salário integral também em maio e junho. Depois, pediu exoneração, mas avisou ao vereador que iria “colocar a boca no mundo”. Neste momento, segundo relato de Kerlys, o parlamentar teria lhe
ameaçado, dizendo que iria agir para que ela não conseguisse mais emprego em nenhum lugar em Vilhena.
 
 
A denunciante também apresentou o caso da servidora lotada no gabinete de um vereador e que recebeu salário mesmo no período eleitoral, quando disputou
eleição e não podia estar exercendo a função.
 
 
Kerlys juntou ainda documentos de outra servidora, que nunca apareceu para trabalhar, mas recebia o salário normalmente. Ao levar o caso à presidência da Câmara, ela teria ouvido que ninguém queria exonerar a “fantasma” que estava lotada em outro gabinete.
 
 
A denunciante aponta que o servidor “do rolê” tinha suas folhas de ponto “abonadas” pelo vereador em cujo gabinete ele estava lotado.
 
 
Diante da robustez da documentação apresentada, resta saber que tipo de medida no Ministério Público vai adotar. A denunciante diz que está preparada para sustentar na justiça as acusações que faz.
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