SEM CHANCE: Detentos que prestavam serviços para prefeitura serão excluídos de programa

Em conversa com o FOLHA DO SUL ON LINE, o diretor do presídio Cone Sul, em Vilhena, Dirceu Martini, um dos idealizadores do programa “Semear e Ressocializar”, que permite o trabalho externo de apenados do regime fechado que cumprem pena na unidade, comentou a fuga de dois deles hoje.

 

 

Os detentos estavam trabalhando em obras no Hospital Regional de Vilhena e hoje, após almoço, conseguiram escapar. Várias equipes policiais estão em diligências pela cidade para recapturar os dois foragidos. Neste caso, os apenados eram contratados para o serviço através de um convênio entre o município e o Governo do Estado.

 

 

No momento da fuga, além de Valquer Mendes da Silva e Maique Gabriel de Oliveira, havia outros cinco apenados trabalhando na unidade de Saúde. O grupo era monitorado por dois policiais penais, que teriam falhado na vigilância.

 

 

Além de receber 75% de um salário por mês, os presos que são selecionados para trabalhar fora do presídio também abatem um dia de suas penas a três dias de serviços prestados.

 

 

Dirceu diz que a fuga não compromete o programa de ressocialização, que tem apoio do Judiciário e do Ministério Público, e é elogiado pela sociedade vilhenense. “Mas a gente fica chateado com esse tipo de acontecimento”.

 

 

Antes da fuga de hoje, apenas um caso similar havia sido registrado nos três anos do projeto, quando um detento que estava prestando serviços no distrito de Nova Conquista escapou e foi recapturado no mesmo dia. “É o que vai acontecer com esses dois”, garante Martini.

 

 

Quem se evade enquanto trabalha fora do complexo penal é excluído do programa, o que deverá acontecer com os dois detentos após eles serem presos novamente.