Segundo alunos, bezerros ficam longos períodos sem água e comida; fotos mostram bichos fracos e deitados no chão
Foto: Rondoniaovivo
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Fotos de bezerros infestados de carrapatos, caídos no chão de tão fracos e sem qualquer reação para se levantar, e que circulam em grupos de WhatsApp, foram enviadas para o Rondoniaovivo. As imagens que registram e expõem a falta de cuidados com os animais foram feitas por estudantes do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), do campus de Ariquemes.
Para os denunciantes, o que mais chama a atenção, é que apesar de as cenas já terem ampla divulgação na cidade, não houve qualquer manifestação de fiscalização por parte de órgãos competentes, como a Agência de Defesa Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) ou pela direção do próprio IFRO.
“A averiguação no local seria o mínimo a ser feito numa situação dessa por parte dos órgãos fiscalizadores. Os animais ficam até sem água e comida por vários dias”, disse um dos alunos em contato com o jornal eletrônico.
Crime
A pena pelo crime de maus-tratos vai desde multa de um a 40 salários-mínimos por animal, até a prisão em casos extremos. Na esfera penal, o crime é previsto pelo artigo 32, da lei nº 9.605, com alteração da lei nº 14.064/2020, prevendo pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. Em caso de morte do animal, a pena pode ser aumentada em de ⅓ a ⅙.
Maus-tratos configuram infração ambiental e também crime ambiental. O acusado responde nas duas esferas: administrativa e penal. Inclusive, a pessoa que maltrata pode ser presa em flagrante.
Resposta
Minutos depois da publicação da reportagem, a direção do campus do IFRO em Ariquemes enviou a seguinte nota de esclarecimento, que será publicada na íntegra abaixo:
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ariquemes, vem esclarecer sobre publicação veiculada recentemente em site de notícias denunciando suspeita de maus-tratos de animais bovinos na unidade.
Após apuração junto ao Departamento de Integração, Pesquisa, Extensão e Ensino (DIEPE), que administra os locais de criação e manejo de animais do Campus, verificou-se que a situação citada não procede. Não há registros ou denúncias formalizadas junto ao IFRO sobre cenas de maus-tratos aos animais.
O Instituto integra-se como uma rede, sendo habitual que haja intercâmbio entre as unidades nas atividades com alunos. Em atividade realizada na última semana, o Campus Ariquemes realizou uma parceria com o Campus Jaru, onde os alunos do curso de Bacharelado em Medicina Veterinária, acompanhados de professores, realizaram exames nos animais no dia 23/03/2023.
A atividade ocorreu a fim de proporcionar ambiente de aula prática adequado aos acadêmicos e auxiliar na sanidade dos animais do Campus Ariquemes, onde não se verificou nenhuma anormalidade.
Em visitas recentes, seja durante visitas técnicas ou aulas práticas, o servidor médico veterinário do IFRO Campus Jaru, que esteve no campus Ariquemes, também não observou nenhum animal que estivesse descuidado em suas necessidades básicas para a manutenção de seu bem-estar.
O que sempre visualizou foram animais bem nutridos, hígidos, de bom comportamento (dóceis) e de fácil manejo, sem evidência de estresse excessivo.
O IFRO Campus Ariquemes apresenta uma equipe de profissionais que atuam constantemente tomando medidas de atenção e cuidados, além de buscar parcerias para melhorar as questões sanitárias necessárias aos animais.
O Instituto zela por uma política institucional que busca desenvolver atividades técnicas que colaborem com o desenvolvimento dos setores, especificamente no caso do setor animal, cuidando desde a parte nutricional e sanidade animal, até a manutenção dos espaços físicos e estrutura adequada para a as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Dessa forma, o IFRO repudia a disseminação de notícias falsas e coloca-se à disposição da comunidade, da imprensa e dos órgãos de controle para recebimento e averiguação de denúncias.
Aos leitores, ler com atenção
Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.
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