Diante das exigências feitas pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) de Rondônia, que fez 22 notificações que praticamente inviabilizam o funcionamento do Hospital Regional, o prefeito, Delegado Flori (Podemos), deve anunciar esta semana uma decisão “bombástica”.
Após a Agevisa fazer as interdições, incluindo a lavanderia, parte da UTI e de setores inteiros da unidade, Flori foi à justiça tentando barrar as medidas. Em sua argumentação, o prefeito expôs os transtornos provocados pela falta de um local onde possam ser higienizadas as peças de roupas usadas no hospital. Sem a lavanderia, que não poderá mais ser usada, é grande o risco de contaminações e da proliferação de fungos e bactérias no local.
Após a primeira instância rejeitar o pedido do mandatário vilhenense, um recurso contra a decisão local foi protocolado no Tribunal de Justiça, que também proferiu decisão desfavorável ao município.
Diante da situação é que o prefeito pode anunciar uma medida polêmica, já que o município não tem como cumprir imediatamente as exigências da Agevisa e também não pode deixar de atender os pacientes.
Em sua luta na justiça para ao menos ter direito a um prazo maior para começar a fazer melhorias na estrutura do maior hospital do Cone Sul, que atende pacientes de toda a região e também de cidades de Mato Grosso, Flori questiona: “onde estavam os fiscais da parte agravada (Agevisa) dois meses atrás, quando essas imperfeições já existiam, porém, Vilhena/RO não estava sendo tão visada em relação ao tema ‘saúde’”?
Ao FOLHA DO SUL ON LINE, o prefeito/delegado não quis antecipar qual a medida será adotada por sua administração para resolver o problemas, mas enviou ao site um vídeo no qual a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, contratada para administrar a rede municipal de Saúde rebate as acusações feitas pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) que resultaram na “interdição branca” do Hospital Regional.
As interdições e notificações da Agevisa, na visão do prefeito, “são a comprovação final do estado de emergência da saúde em Vilhena”, o que o motivou a assinar o decreto que permitiu a contratação da Santa Casa para resolver os muitos problemas apontados no relatório entregue a ele pelo secretário de Saúde, Richael Costa.