Na tarde de ontem (18), o jornal Folha do Sul Online entrevistou o técnico em abastecimento de aeronaves de 43 anos, 16 deles trabalhando no aeroporto de Vilhena, onde, cerca de duas semanas atrás, deu de cara com uma onça pintada embaixo de um dos caminhões.
O entrevistado, que preferiu não se identificar, disse que chegou para trabalhar e, quando colocou a chave na porta de um dos caminhões que abastecem os aviões na pista, olhou para baixo e viu o animal. Inicialmente, o profissional disse ter imaginado se tratar de uma juaguatirica, pois só dava para ver o focinho e um dos olhos.
“Quando observei melhor, vi que era uma onça com mais de um metro, então comecei a andar devagar e, depois a correr”, conta o técnico, acrescentando que logo em seguida, ainda assustado, ligou para o Corpo de Bombeiros, que chegou rapidamente ao local.
O entrevistado revelou que chegou a ficar a menos de um metro de distância da fera, mas como segue o biólogo Leandro Silveira, do Instituto Onça Pintada que tem um canal no Youtube, lembrou de uma lição dele em casos assim: jamais encarar uma onça nos olhos, pois ela pode se sentir acuada e atacar.
Sobre o trágico desfecho do caso, que terminou com o felino morto após a captura, o técnico diz: “fiquei triste, pois ninguém queria que um animal tão lindo como aquele morresse”, falou, acrescentando que a onça parecia calma e não dava sinais de que estivesse ferida. “Em nenhum momento ela rugiu ou ameaçou atacar”, finaliza.