A voz do locutor Roni Freitas, que comanda um programa jornalístico numa emissora de rádio em Jaru, transmitido simultaneamente também para várias cidades da região central de Rondônia, expôs para todo o Estado o que está sendo considerado um escândalo em Chupinguaia.
Um vídeo do comunicador, falando do auxílio-alimentação de R$ 600,00, criado pela Câmara de Vereadores de Chupinguaia, viralizou e está sendo intensamente disseminado através do WhatsApp.
Indignado, Roni lembra que, em plena pandemia de Covid-19, pessoas que perderam a renda ainda nem começaram a receber, do Governo Federal, um auxílio emergencial que deverá ser de R$ 250, ou seja, menos da metade do que será pago aos edis da “Capital do Boi”.
O Folha do Sul Online buscou informações junto à Câmara Municipal de Chupinguaia, e confirmou que o benefício foi aprovado no apagar das luzes, em 2019, mas com validade apenas para este ano.
Além dos vereadores, todos os servidores do Parlamento chupinguaiense já começaram a receber o auxílio. Apenas dois parlamentares, Maria do Guaporé (DEM) e Vanderci de Paula Campos, o “Alicate” (PV), abriram mão dos R$ 600. A matéria que aprovou o auxílio, no entanto, foi assinada pelo próprio “Alicate”, que presidiu a Câmara na legislatura que criou a “mamata”.
Como o valor é pago a todos os que trabalharam na Câmara, incluindo servidores efetivos e comissionados, sem distinção de funções, levando em conta um total de 30 beneficiados (pode ser mais), a Casa gasta R$ 18 mil todos os meses para “alimentar” os felizardos.