Retrovisor de carreta foi arrancado pelo ônibus durante uma ultrapassagem na BR-364
Foto: Divulgação
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O que deveria ser motivo de comemoração em Vilhena se transformou em caso de polícia: após uma conquista esportiva importante em Porto Velho, os alunos da Escola Tenente Melo, que fica no distrito de São Lourenço, a 55 km da área urbana, foram deixados na capital e tiveram que voltar para casa num ônibus de uma empresa de transportes, que faz as linhas intermunicipais no Estado. O grupo deve desembarcar em São Lourenço na manhã de hoje.
Antes da viagem, a diretora da escola Ana Laura Royer ligou para a secretária de Educação, Vivian Repessold, e pediu para que outro motorista levasse o grupo, já que ele havia tido atritos com os alunos. A titular da Semed não atendeu, alegando não haver outro disponível e a comitiva viajou, mesmo a contragosto.
O site apurou, segundo queixa registrada na polícia da capital que, no trajeto, o condutor do ônibus fez manobras arriscadas e, numa delas, chegou a arrancar o retrovisor de uma carreta, durante uma ultrapassagem. O carreteiro passou a perseguir o ônibus, dando sinal de luz para que ele parasse, mas o condutor seguiu adiante. Neste momento, passou uma caminhonete e um homem no assento do passageiro sacou uma arma, apontando em direção ao ônibus que transportava as crianças.
Mais adiante, o coletivo escolar parou e o motorista que teve seu retrovisor arrancado, junto com o filho, que o acompanhava na viagem, aconselhou os funcionários da escola a não seguir viagem, pois colegas dele haviam alertado pelo rádio sobre as “barbeiragens” do motorista. Foi proposto a ele pagar pelo prejuízo, mas o caminhoneiro não aceitou, pegando apenas o telefone da escola e do condutor do ônibus.
Ontem pela manhã, o motorista acordou cedo e, dizendo que tinha um compromisso em Vilhena, queria que a equipe, composta por 14 alunos, mais os acompanhantes, embarcasse no ônibus. Como o grupo tinha lugares para visitar, não obedeceu e o condutor veio embora para Vilhena.
Para voltar para Vilhena, a própria Ana Laura teve que comprar, com seu dinheiro, todas as passagens, que custaram mais de R$ 2 mil. Depois de pagar corridas de Uber para as crianças, em seus passeios turísticos em Porto Velho, só para não se indispor com o motorista, a educadora procurou a polícia e denunciou a direção perigosa dele na rodovia federal, relatando todo o incidente. O Boletim descrevendo todos os fatos está em poder do jornal Folha do Sul Online, que não conseguiu contato com a denunciante.
Premiada como gestora escolar, Ana Laura teria chorado muito por causa do episódio, e teve prejuízos com a viagem. Porém, com sua atitude, ela evitou que as crianças corressem riscos, já que o motorista estava muito alterado antes do retorno, que ele fez sozinho.
O site está à disposição da Semed para eventuais esclarecimentos sobre o ocorrido.
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