FUGA: Seis presos fogem durante a madrugada da Casa do Albergado

Agentes penitenciários denunciam falta de segurança e baixo efetivo na unidade.

FUGA: Seis presos fogem durante a madrugada da Casa do Albergado

Foto: Divulgação

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Seis apenados do regime semiaberto fugiram da Casa do Albergado durante a madrugada da segunda-feira, 8, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari. De acordo com o delegado regional do sindicato que representa os agentes penitenciários em Ariquemes, Clebs Dias, a unidade está superlotada e com baixo efetivo de servidores para vigiar os presos.

 

As tornozeleiras eletrônicas de monitoramento foram rompidas pelos presos logo após a fuga. A Polícia Militar (PM) fez rondas nos arredores da unidade, mas nenhum detento foi recapturado.

 

O agente revela que são apenas dois agentes por plantão para tomar conta de cerca de 130 presos, enquanto a unidade tem capacidade para abrigar apenas 40 apenados.

 

Em 2017, a Casa do Albergado passou a receber os apenados do regime semiaberto no modelo intramuros, onde a maior parte dos detentos fica dentro da unidade o tempo todo, diferente do modelo anterior, em que eles apenas dormiam na unidade.

 

“Na unidade não foi feita nenhuma adequação para garantir que eles [presos] permanecessem aqui. O muro dos fundos não oferece nenhuma resistência. É impossível a gente conseguir conter eles aqui”, critica.

 

Clebs aponta que os agentes já esperam a qualquer momento ações de fuga por parte dos presos, já que o presídio não oferece estrutura de segurança, segundo ele. Os muros da unidade não têm cerca elétrica ou concertinas.

 

“O pessoal está sempre muito atento, esperando alguma articulação deles, alguma manobra pra fugir. Com mais de 100 aqui fica praticamente incontrolável a situação”, aponta.

 

A Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) informou que está investigando a fuga e que as polícias Militiar e Civil estão realizado trabalhos para a procura e recaptura dos foragidos.

 

O G1 solicitou resposta da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) acerca da forma como os presos fugiram e da superlotação na unidade, mas a secretaria ainda não respondeu aos questionamentos.

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