A ponte que liga Alvorada do Oeste a Nova Brasilândia D’Oeste, construída sobre o rio Novo Mundo, foi danificada após um incêndio registrado na noite de quarta-feira (26). A estrutura é considerada uma das principais rotas de circulação para moradores, produtores rurais e trabalhadores que utilizam a via para acessar Castanheiras, Presidente Médici e outras localidades da região Central de Rondônia.
O local já apresentava problemas estruturais há anos e estava parcialmente interditado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). Caminhões e máquinas pesadas estavam proibidos de usar a ponte devido ao risco de colapso. Apenas veículos pequenos podiam atravessar, e mesmo assim com restrições motoristas eram orientados a descer passageiros antes da travessia para reduzir o peso sobre as pranchas desgastadas.
Sem confirmação oficial até o momento, moradores levantam a hipótese de ação criminosa como causa do incêndio. No entanto, a possibilidade ainda será investigada pelas autoridades. Para muitos usuários da via, a destruição completa da ponte pode finalmente acelerar a decisão do Estado sobre a necessidade de uma nova estrutura, uma demanda antiga e constante na região.
Os relatos de acidentes aumentaram nos últimos meses. Motociclistas sofreram quedas e chegaram a fraturar membros devido às tábuas soltas, enquanto proprietários de caminhonetes relataram prejuízos durante tentativas de atravessar o trecho precário. A situação, que já era crítica, tornou-se ainda mais grave com a inutilização total da ponte.
Com cerca de 150 metros de extensão e cinco metros de largura, a ponte faz parte da Linha 48, em Alvorada do Oeste. Ela é considerada um corredor fundamental para o transporte de mercadorias e para o deslocamento de moradores e produtores de Castanheiras. O fluxo na via é intenso, especialmente de caminhões carregados com milho e outros produtos agropecuários movimento agora totalmente interrompido.
A população teme impactos imediatos na economia local. As rotas alternativas são longas, mal conservadas e inadequadas para veículos de grande porte, o que deve dificultar o escoamento agrícola e o deslocamento de trabalhadores nas próximas semanas.
A Polícia e os órgãos competentes devem iniciar investigações para identificar as causas do incêndio. Enquanto isso, a comunidade espera por uma solução definitiva que devolva segurança e mobilidade ao trecho, evitando prejuízos ainda maiores para a região.