A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) localizou nesta sexta-feira (10) uma fábrica clandestina de bebidas de onde teriam saído garrafas adulteradas que causaram a morte de duas pessoas, por intoxicação de metanol. O imóvel fica em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo. A operação cumpre mandados de busca e apreensão em diferentes estabelecimentos.
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De acordo com a polícia, a fábrica utilizava etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas alcoólicas. O etanol, por sua vez, estaria misturado a metanol, substância altamente tóxica e proibida para consumo humano.
Ligação com mortes
Os dois primeiros óbitos registrados em São Paulo, vítimas de intoxicação por metanol presente em bebidas alcóolicas, foram em um mesmo estabelecimento comercial da zona leste de São Paulo. Durante as investigações, a polícia chegou até o fabricante, que teve produção clandestina desmantelada.
Os agentes chegaram até o local após investigarem a morte da primeira vítima por intoxicação. O homem passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois. No bar onde ele consumiu a bebida, foram apreendidas nove garrafas, das quais em oito os peritos detectaram a presença de metanol, com percentuais que variavam de 14,6% a 45,1%.