MULHERES DOS TRILHOS: Ferroviárias da Madeira-Mamoré mantêm viva a história de PVH

As duas pioneiras representam gerações que contribuíram com trabalho, coragem e dedicação para o funcionamento da lendária ferrovia

MULHERES DOS TRILHOS: Ferroviárias da Madeira-Mamoré mantêm viva a história de PVH

Foto: Acervo/George Telles

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Em meio às celebrações pelos 111 anos de Porto Velho, duas mulheres de memória afiada e espírito resiliente mantêm viva a história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM): Maria Auxiliadora, de 92 anos, e Euzenir Gomes Felísio da Costa, de 90, são ex-ferroviárias que ainda vivem na capital e simbolizam a presença feminina em um ambiente dominado por homens no início do século passado.
 
As duas pioneiras representam gerações que contribuíram com trabalho, coragem e dedicação para o funcionamento da lendária ferrovia, considerada uma das maiores obras de engenharia do Brasil e peça central na fundação de Porto Velho.
 
 
Apito do trem e memórias que não enferrujam
 
Maria Auxiliadora relembra com emoção os dias de trabalho na EFMM. Aos 92 anos, sua memória guarda com carinho o som do apito do trem, a movimentação intensa da estação central e o vaivém de passageiros que embarcavam com sonhos, bagagens e esperanças rumo a Guajará-Mirim.
 
“Era uma correria danada, gente de todo canto do Brasil. A estação era o coração pulsante da cidade”, contou Maria, emocionada ao lembrar dos tempos em que Porto Velho ainda dava seus primeiros passos como capital.
 
 
Mulheres nos trilhos do progresso
 
Já Euzenir, com 90 anos, também fala com orgulho do período em que trabalhou na ferrovia. Ela lembra das rotinas puxadas, das chegadas e partidas dos trens sempre lotados, e da responsabilidade que era atuar em um sistema essencial para a economia e o transporte da época.
 
“Era um orgulho fazer parte daquilo tudo. A gente via a cidade crescer junto com o barulho do trem”, declarou.
 
 
Herança viva
 
As histórias de Maria e Euzenir mostram que a EFMM não é apenas um marco histórico, mas uma memória viva que ainda pulsa por meio de seus ex-funcionários. A presença das mulheres na ferrovia — muitas vezes invisibilizada nas narrativas oficiais — começa a ganhar o merecido destaque.
 
As duas aposentadas, mesmo longe dos trilhos, seguem firmes em sua missão de preservar a memória da ferrovia e de inspirar novas gerações com seus relatos.
 
Em tempos de comemoração pelos 111 anos de Porto Velho, relembrar figuras como Maria e Euzenir é reconhecer o papel das mulheres na construção da cidade, dos trilhos e da história.
 
O presidente da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, George Telles, fez recente entrega de homenagem as essas ferroviárias que prestaram seus serviços com amor e afinco para o progresso regional.
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