Mangueira, jambeiro, jaqueira, abacateira, cajazeira, além de Ipê Roxo, Paliteira e Castanhola, essa são as árvores que há décadas foram plantadas ao longo de uma calçada ao entorno de um condomínio localizado no encontro da rua Padre Chiquinho com avenida Brasília, no bairro Santo Antônio, região central de Porto Velho (RO), e que tiveram a autorização da gestão Hildon Chaves (PSDB) para serem cortadas.
A autorização dada pelo então prefeito deixou indignada a comunidade que mora nas proximidades do condomínio, que pediu para cortar as árvores sob a alegação de que elas estariam espalhando folhas na piscina e facilitando para que bandidos pulem o muro do residencial.
Conforme descrito no Termo de Compensação assinado entre as partes, os responsáveis pelo condomínio compraram 30 litros de óleo dois tempos no valor total de R$ 2.820,00 (Dois mil e oitocentos e vinte reais) e disponibilizaram à prefeitura de Porto Velho, isso como um espécie de “pagamento” pelo corte das árvores frutíferas.
Porém, ao iniciar o trabalho de corte das árvores, nesta sexta-feira (9), o secretário municipal do Meio Ambiente, Vinicius Miguel, foi até o local e barrou que essa atitude cruel à arborização do município prosseguisse, e atendendo o pedido da comunidade, vai estudar uma outra alternativa para essa questão.
“Mesmo com a permissão dada pela gestão passada, por precaução, nós precisamos paralisar neste momento e suspender esse corte”, disse o secretário Vinicius Miguel aos responsáveis pelo Condomínio Porto Belo, que insistiam em continuar com a derrubada das árvores.
Até o momento, a permissão da gestão Hildon Chaves para que o condomínio realize o corte segue suspensa pela atual administração do Município. Os moradores do bairro Santo Antônio alegaram que irão acionar o Poder Judiciário para impedir que as árvores sejam cortadas.