PROSOPOMETAMORPSIA: Condição rara faz pacientes verem d3m0ni0s em vez de pessoas

De um dia para o outro, indivíduos passam a ver rostos distorcidos

PROSOPOMETAMORPSIA: Condição rara faz pacientes verem d3m0ni0s em vez de pessoas

Foto: A. Mello et al.

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A prosopometamorfopsia (PMO) ainda é de origem desconhecida, mas, pela primeira vez, cientistas conseguiram recriar o que um paciente com a condição vê. Victor Sharrah acreditava viver um dia normal, até dar bom dia para o amigo com quem divide um apartamento. O que viu não foi o amigo, e sim um demônio, com orelhas pontudas, olhos gigantescos e uma boca larga que se estendia por toda a face. "Achei que eu havia acordado num filme de terror", disse Sharrah, que mora em Clarksville, Tennessee (EUA). 
 
Tentando manter a calma, ele levou o cachorro para passear, mas todas as pessoas que via na rua tinham rostos igualmente estranhos e distorcidos. 
 
"Comecei a ficar muito nervoso", disse o homem de 59 anos. Ele até pensou em se internar "em uma unidade psiquiátrica". No entanto, Sharrah não havia "enlouquecido", como acreditava. 
 
Victor Sharrah sofre de uma condição visual extremamente rara, que aparece de um dia para o outro, faz pessoas verem rostos distorcidos por dias e até anos: a prosopometamorfopsia (PMO). 
 
Muitas pessoas têm medo de mencionar seus sintomas, porque "temem que os outros pensem que as distorções são um sinal de transtorno psiquiátrico", diz Brad Duchaine, professor de psicologia e ciências do cérebro da Universidade de Dartmouth e coautor de um estudo sobre o tema. "É um problema que as pessoas geralmente não entendem". 
 
Os médicos costumam confundir a PMO com problemas de saúde mental, como esquizofrenia ou psicose. E, embora haja coincidência em alguns sintomas, uma grande diferença é que os pacientes com PMO "não acham que o mundo está distorcido, eles percebem que há algo diferente em sua visão", diz Antônio Mello, psicólogo cognitivo e neurocientista de Dartmouth e outro coautor do estudo publicado na revista científica The Lancet. 
 
Vida após o diagnóstico 
 
A natureza assustadora da doença faz com que muitas vezes ela seja diagnosticada erroneamente como esquizofrenia ou psicose. 
 
Como os pacientes que sofrem de PMO sabem que o que estão vendo não é real, muitos enfrentam uma decisão difícil: vale a pena dizer às pessoas o quão grotesco elas se parecem, correndo o risco de parecerem loucos? 
 
Alguns optam pelo silêncio. Mello contou o caso de um homem que nunca disse à mulher que o rosto dela, há muitos anos, parece distorcido para ele. 
 
Sharrah diz que compartilha sua experiência para que outras pessoas com PMO possam evitar um falso diagnóstico e serem "hospitalizadas por psicose". 
Direito ao esquecimento

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