VAMOS CONVERSAR? Será que amante realmente não tem lar e nunca vai casar? – Por Marcela Bomfim

Para algumas mulheres, a atenção e o carinho de um homem comprometido podem parecer a solução para um vazio profundo

VAMOS CONVERSAR? Será que amante realmente não tem lar e nunca vai casar? – Por Marcela Bomfim

Foto: Ilustrativa

A coluna dessa semana é direcionada especificamente para nós, mulheres. Quero convidá-las a uma reflexão profunda sobre um tema delicado, mas extremamente relevante: até onde nos submetemos para ter a atenção de um homem em nossas vidas? E quantas vezes nos sujeitamos a ser a "outra" na busca de preencher um vazio emocional?
 
Em um dos seus muitos sucessos, Marília Mendonça cantou que “a amante não tem lar e nunca vai casar”. Essa afirmação, profundamente enraizada no imaginário popular, reflete uma visão tradicional sobre as relações extraconjugais. Mas será que essa visão é sempre verdadeira? Será que a amante realmente está destinada a nunca ter um lar ou uma vida conjugal plena?
 
A figura da amante sempre gerou curiosidade e controvérsia. Nas canções populares, nos filmes e na literatura, a amante é frequentemente retratada como alguém envolvido em um romance proibido, muitas vezes marcado por encontros apaixonados e furtivos. Mas o que leva uma mulher a se sujeitar a esse papel? Será que é realmente o sexo que a motiva?
 
Vivemos em uma sociedade que, muitas vezes, nos ensina a buscar validação externa, especialmente a partir dos relacionamentos amorosos. Desde jovens, somos bombardeadas com mensagens que glorificam o amor romântico como a maior realização da vida de uma mulher. No entanto, essa busca incessante por atenção e afeto pode nos levar a caminhos sombrios e dolorosos, especialmente quando nos encontramos no papel de amantes.
 
O papel de amante é frequentemente associado a segredos, encontros furtivos e promessas não cumpridas. Mas o que nos leva a aceitar essa posição? Muitas de nós acabam se envolvendo em relacionamentos extraconjugais na esperança de encontrar a conexão emocional e a validação que sentimos faltar em nossas vidas. O desejo de ser desejada, de se sentir especial e valorizada pode ser tão intenso que acabamos aceitando menos do que merecemos.
 
Para algumas mulheres, a atenção e o carinho de um homem comprometido podem parecer a solução para um vazio profundo. Esse vazio pode ter raízes em questões de autoestima, experiências passadas de rejeição ou abandono, ou até mesmo na pressão social para estarmos em um relacionamento. A atenção temporária e os momentos roubados de intimidade podem oferecer uma ilusão de preenchimento e felicidade, mas essa felicidade é, muitas vezes, efêmera e acompanhada de dor e frustração.
 
É essencial reconhecer que o preço emocional de ser a "outra" é alto. A constante espera por migalhas de atenção, a ansiedade de não saber quando será o próximo encontro e a dor de ver o homem amado voltar para sua vida oficial são fardos pesados de carregar. Além disso, há o impacto negativo na nossa autoestima e na nossa visão de nós mesmas. Aceitar esse papel pode nos fazer questionar nosso valor e nossa dignidade, perpetuando um ciclo de baixa autoestima e necessidade de validação externa.
 
Então, como podemos romper esse ciclo? A resposta não é simples, mas começa com a auto-reflexão e o amor próprio. Precisamos olhar para dentro de nós mesmas e reconhecer nossas necessidades emocionais, nossos medos e nossos desejos. Devemos buscar maneiras saudáveis de preencher nossos vazios, seja através de amizades significativas, hobbies que nos apaixonem ou até mesmo terapia para lidar com traumas e questões internas.
 
É importante também reavaliar nossas crenças sobre o amor e o relacionamento. O amor verdadeiro e saudável não requer sacrifícios que nos machuquem ou nos diminuam. Merecemos um amor que nos valorize, nos respeite e nos ofereça segurança emocional. Não devemos aceitar menos do que isso.
 
Queridas leitoras, convido todas a refletirem sobre até onde estamos dispostas a ir para ter a atenção de um homem. Que possamos encontrar em nós mesmas a força e o amor próprio para buscar relações que nos enriqueçam e nos façam crescer, ao invés de nos submeter a situações que nos causem dor e nos mantenham presas em um ciclo de validação externa.
 
Até a próxima semana, com mais reflexões e discussões importantes para nossas vidas.
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