Após enchente invadir casas, eles tiveram que construir novas residências, mas moradias não têm água potável
Foto: Arquivo Pessoal/André Karipuna
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Em março do ano passado, a aldeia Panorama, localizada dentro do Território Indígena Karipuna, a 150 quilômetros de Porto Velho, foi totalmente inundada pelas chuvas e o aumento da cota do reservatório do Complexo Hidrelétrico do Madeira deixou todas as moradias alagadas.
A situação impactou toda a vida do povo Karipuna, pois a aldeia teve que ser deslocada para a parte mais alta da área, ao lado do posto de saúde. Com a ajuda da Embaixada da Alemanha e da Igreja Católica foram construídas novas 12 casas em lugar seguro, que necessitam o sistema de instalação hidráulica nas casas.
Enchente que complicou a vida dos Karipunas em março de 2023 - Foto: Arquivo pessoal/André Karipuna
“As mesmas contam com um banheiro interno e uma área de serviço, com o saneamento já instalados, para isso, é necessário que o DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) amplie a rede de distribuição de água para todas as famílias. No momento existe apenas uma caixa d’água, na parte da aldeia e que não suprirá a necessidade das 12 famílias”, explica André Karipuna, uma das lideranças da comunidade.
Ele completa: “Vários documentos foram enviados ao DSEI e ao MPF [Ministério Público Federal]. O que obtivemos até o presente momento, por resposta por áudios de funcionários do DSEI, dizendo não ser responsabilidade deles ampliar o sistema de distribuição de água para as famílias que tiveram que se deslocar para aparte mais alta da terra indígena”.
Sem rede de abastecimento, indígenas precisam de "canecas" para tomar banho e fazer diversas atividades - Foto: Arquivo pessoal/André Karipuna
Segundo os indígenas, uma das situações mais graves é que os idosos, uma senhora com necessidade especial, devido a um AVC, não tem água em sua casa e precisa com dificuldade se locomover cerca de 100 metros para fazer suas necessidades e tomar banho.
André Karipuna ainda termina o desabafo: “Como não estamos sendo atendidos pelo órgão responsável, viemos por meio do Rondoniaovivo denunciar o descaso da saúde indígena em atender uma necessidade fundamental de todo ser humano, que é acesso a água potável e saneamento básico. Reiteramos o nosso pedido de urgência na implementação e ampliação da rede de distribuição de água se inicie o mais rápido possível”.
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