Um servidor do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro em Porto Velho, que optou por não se identificar, trouxe à tona um problema sério que afeta os trabalhadores da instituição. De acordo com essa denúncia, os pagamentos de horas extras não estão sendo feitos pontualmente devido a erros no sistema de ponto eletrônico.
O servidor revelou que o pagamento das horas extras acontece a cada dois meses, ou seja, quem trabalhou em janeiro deveria receber em março. No entanto, a situação tem se agravado, com alguns setores do hospital chegando a passar até três meses sem receber o pagamento de horas extras devidas.
“O extra é pago a cada dois meses, quem trabalhou em janeiro recebe em março, mas o nosso setor já chegou a ficar 3 meses sem receber, então o governo ainda nos deve extras”, disse o servidor.
Outro ponto de preocupação levantado pelos trabalhadores do hospital está relacionado ao registro dessas horas extras no sistema de ponto eletrônico.
Conforme destacado por um dos servidores, o sistema frequentemente registra horas extras incorretas, gerando discrepâncias entre o que foi efetivamente trabalhado e o que consta nos registros eletrônicos. Isso leva os funcionários a terem que justificar essas diferenças, resultando em atrasos ainda maiores no processamento de seus pagamentos.
“Eu havia feito 84 horas e o ponto registrado 88 horas. Por conta disso o meu processo voltou, causando ainda mais atraso no meu pagamento”, relatou outro servidor.
A situação exposta por esses servidores coloca em evidência a necessidade de uma revisão e melhoria dos procedimentos de gestão de recursos humanos no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro.
O não pagamento pontual de horas extras devidas e as falhas no sistema de registro eletrônico não apenas impactam negativamente os trabalhadores, mas também levantam questões sobre a qualidade da administração interna da instituição.
“Esperamos que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) e a administração do hospital tomem medidas imediatas para solucionar esses problemas e garantir que nos servidores sejam devidamente compensados por seu trabalho, evitando atrasos e prejuízos financeiros adicionais. Além disso, é fundamental que sejam adotadas medidas para corrigir os erros no sistema de ponto eletrônico, garantindo que os registros de horas extras sejam precisos e justos para todos nós”, finalizou o servidor.
Trabalho
A Sesau, por meio de sua assessoria de comunicação, apontou que “serão efetivados os pagamentos de horas-extras dos servidores que cumpriram as escalas de plantões”.
Ainda destaca que “o mês de efetivação de pagamento está condicionado a regularização dos processos administrativos de Extras em consonância com o calendário de folha de pagamento estabelecido através da Portaria nº10734/2022”.
Por fim, diz que “está pagando as horas-extras. Os servidores que não receberem deverão procurar regularizar pendências cadastrais e/ou documentais e se coloca à disposição”.