SUPERLOTAÇÃO: Ônibus de Porto Velho prejudicam população e prefeitura segue inerte

Com tarifa mais cara do país, transporte público da capital é atroz e ineficiente

O sofrimento dos acadêmicos porto-velhenses da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) parece nunca ter fim. Todos os dias estudantes e servidores precisam viajar 10 quilômetros, distância que separa as salas de aula do Centro da cidade. Não é uma tarefa fácil, especialmente quando dependem dos ônibus da COM PVH, empresa concessionária responsável pelo transporte público da capital. As reclamações são recorrentes, e na última quarta (19), mais uma denúncia foi registrada e compartilhada nas redes sociais.
 
Como reportado anteriormente pelo Rondoniaovivo, universitários, servidores e moradores da Vila Princesa que dependem dos ônibus da linha 211 - Campus UNIR viajam todo o percurso dentro de coletivos lotados e desconfortáveis.
 
FOTO: Campus 211 lotado / Reprodução do Instagram (@cacsunir) - 19/07
 
 
“É muito precário. O ônibus estava totalmente lotado. Causou constrangimento, porque não deveria ser assim. Não tem ônibus suficiente para quem trabalha, nem para quem estuda. Tinha gente tentando entrar com criança, e até um jovem com o braço engessado. Ninguém conseguia se mexer”, disse Jairo, um dos estudantes da UNIR que estava presente no episódio do dia 19. 
 
O perrengue, entretanto, não é reservado apenas aos passageiros do 211. Por todo lugar, as reclamações se multiplicam nos pontos de ônibus da capital. Os usuários da linha 115 - Jardim Santana também reclamam da ineficiência do coletivo. 
 
“Não tem ar-condicionado e o ônibus sempre atrasa. Pago R$4,50 todo o dia pra andar desse jeito. Quem não tem o ‘Leva Eu’ [antigo equivalente do atual COM card] se lasca mais ainda”, diz Cléia Moreira, moradora do bairro Nova Porto Velho que utiliza o coletivo diariamente.
 
 
VÍDEO: Superlotação do dia 26/06 / Sharon Wayne
 
 
Em 27 de junho, a reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria de Transporte e Trânsito (Semtran) sobre a possibilidade da expansão da linha 211 - Campus UNIR, mas até hoje, quase um mês depois, ainda não recebeu resposta.
 
Desde então, o Rondoniaovivo e a imprensa em geral continuaram a acompanhar os casos de superlotação do coletivo 211. Apesar das inúmeras reclamações da população, Semtran e COM PVH pouco fizeram para resolver o problema. E-mails não respondidos e telefonemas ignorados se acumulam, a ineficácia do transporte público persiste e quem paga o pato - e a passagem - é a população.
 
De acordo com a prefeitura, atualmente apenas quatro veículos circulam pela rota que liga Porto Velho ao Campus José Ribeiro Filho. A JTP Transportes (empresa responsável pelo transporte coletivo da capital), em nota à um veículo de comunicação, disse que cabe à Semtran definir a quantidade de ônibus que circula no município, assim como autorizar o aumento da frota.
 
 

CARO E RUIM

 

Tabela com tarifas mais caras por capital - Rondoniaovivo

 

 
Além de superlotado, COM PVH é sinônimo de supercaro. Porto Velho, ao lado de metrópoles como Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Florianópolis (SC), tem a tarifa de ônibus mais cara do país. Sem o COM Card, os passageiros pagam R$ 6,00 reais na passagem para utilizar o serviço.
 
Se o usuário tiver cartão magnético fornecido pela concessionária do transporte público, paga um pouco menos: R$ 4,50 ou R$ 2,25 no caso dos estudantes.
 
Apesar de caro, o transporte coletivo de Porto Velho não oferece a mesma mobilidade urbana (condição que permite o deslocamento das pessoas em uma cidade) presente em outras capitais.
 
Este espaço permanece aberto para esclarecimentos e declarações. 
 
“Me sinto uma pobre. Humilhada, [estou] exausta de passar a mesma coisa todos os dias. É uma falta de respeito com os estudantes”, declarou uma estudante do curso de jornalismo da UNIR. 
 
 
FOTO: Campus 211 lotado / Reprodução do Instagram (@cacsunir) - 19/07
 
 
Direito ao esquecimento
Como você classifica a gestão de Marcondes de Carvalho em Parecis?
Qual sua opinião sobre a ‘Operação Corta Giro’ do Detran?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS