PRESSÃO: Mesmo com cobranças da população e políticos, órgãos não fiscalizam postos de combustíveis

Consumidores não veem IPEM e Procon nas ruas para verificar supostos abusos e cartelização nos preços em Porto Velho

Rondoniaovivo

12 de Julho de 2023 às 15:22

Atualizada em : 13 de Julho de 2023 às 07:47

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PRESSÃO: Mesmo com cobranças da população e políticos, órgãos não fiscalizam postos de combustíveis

Foto: Reprodução da internet

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Nas redes sociais, continuam as cobranças pela população pelos altos preços pagos na gasolina em Porto Velho. E com os postos de combustíveis praticando valores semelhantes, as reclamações da suposta cartelização são mais fortes.

“Tem gente ganhando com isso e não é só dono de posto”, escreveu um leitor.

“Rondônia é o ‘cofrinho de ouro’ dos impostos no Brasil. Nessa terra, tudo é caro, até o ar que se respira. A capital tem duas usinas dentro de casa, porém, pagamos a energia mais cara do país, uma contradição absurda. Aqui, o combustível, o gás, as compras de mercado, tudo sobe na ‘contramão’ sem nenhuma explicação. Os vereadores, deputados e toda corja não fazem nada pra ajudar o povo de Rondônia, só sabem tirar, taxar, etc. Se duvidar, podem até estar sendo beneficiados com tudo isso”, desabafou um homem.

“Donos de postos estão abusando do povo. Que maioria não tem coragem de denunciar os abusos”, comentou um leitor que teve uma complementação a seguir: “Denunciar p quem??? PROCON??? Faça me rir!”.

Políticos

A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) questionou quais medidas o Governo do Estado está tomando para fiscalizar a dinâmica dos preços dos combustíveis em Rondônia e assegurar que os consumidores sejam devidamente beneficiados pela redução anunciado.

“A população está cobrando transparência e medidas efetivas para garantir que a redução anunciada pelo Governo Federal seja repassada integralmente aos consumidores. A fiscalização adequada e o monitoramento constante dos preços são fundamentais para garantir que a redução seja refletida nas bombas de combustível, beneficiando a população como um todo”, ressalta a parlamentar.

Cláudia de Jesus encaminhou requerimento ao Executivo Estadual, com cópias para a Casa Civil, para a Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), para a Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), para a Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon) e ao Instituto de Pesos e Medidas de Rondônia (Ipem), solicitando informações e providências sobre os preços dos combustíveis no estado.

CPI

O vereador Isaque Machado (Patriota) foi eleito como relator da CPI do Combustível na Câmara Municipal de Porto Velho.

A Comissão Parlamentar de Inquérito quer analisar as práticas comerciais no setor de combustíveis, identificar possíveis irregularidades e propor medidas que garantam transparência e justiça aos consumidores porto-velhenses.

Como relator, o parlamentar deve coletar e analisar informações, ouvir depoimentos, requisitar documentos e elaborar relatórios detalhados sobre as atividades da CPI.

Silêncio

E os órgãos que deveriam fiscalizar os abusos e irregularidades cometidas pelos postos de combustíveis continuam quietos, em silêncio e inertes: o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e o Programa Estadual de Defesa do Consumidor (Procon).

O Procon deveria fiscalizar, autuar e multar as empresas que estão praticando preços abusivos à população. Já o teria a função de fiscalizar se as bombas estão realmente entregando todo o produto que é comprado pelos motoristas.

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