Segundo eles, após expulsão de ambulantes do campus, eles não conseguem se alimentar direito
Foto: Arquivo Pessoal
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Estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) fizeram um protesto, na tarde da quarta-feira (03), em frente às futuras instalações do Restaurante Universitário (RU) do campus localizado na BR-364, sentido Acre.
Os principais pedidos dos alunos por meio dos Centros Acadêmicos são a imediata abertura do R.U. da UNIR, uma política de subsídios que garanta alimentação de qualidade e a baixo custo, além da permanência dos trabalhadores ambulantes, com uma política interna que assegure a permanência deles com condições dignas de trabalho.
Ainda de acordo com os universitários, a situação ainda ficou pior com a expulsão de três ambulantes que vendiam comidas e lanches no campus e atendiam cerca de 70% da demanda do local: o Pasteloko, que vendia pastéis fritos na hora e bebidas geladas, e dona Margareth e o Mata Larica, que vendiam marmitex com preços acessíveis a todos.
“A fome no Brasil é uma causa política e não é diferente quando ela chega a uma universidade federal. A universidade é um local de resistência, que por muitos anos, foi lugar de formar os filhos da burguesia. A falta de ônibus, a falta de RU, de segurança e o sucateamento da UNIR nada mais é do que o plano político para que somente a burguesia tenha acesso a educação e a ciência”, disse Vitória Carvalho, acadêmica de história, que participou do “marmitaço”.
Ela completa o desabafo: “Até porque, a maioria tem carro, tem dinheiro para comprar alimentação e outros benefícios. A universidade é para todos, e por isso, lutamos”.
Segundo os organizadores, nenhum representante da reitoria ou qualquer departamento responsável pelo RU ou pela expulsão dos ambulantes do campus de Porto Velho apareceu para dar qualquer tipo de informação sobre as reivindicações dos estudantes.
Nem a reitora Marcele Pereira se pronunciou de forma oficial sobre o assunto. Informações apuradas pelo Rondoniaovivo apontam que ela estaria em licença médica há dias, porém ainda não teria colocado o documento no SEI (Sistema Eletrônico de Informações) da instituição.
“Isso já era esperado. A alta cúpula da UNIR está fechada nesse assunto. Não aceita opiniões nem qualquer tipo de sugestão feita pela comunidade academia, seja os alunos, técnicos ou professores. Mas, continuaremos nos mobilizando até ter uma resposta satisfatória quanto ao RU, nossa alimentação e a volta dos ambulantes, que nos atendiam com comida boa e barata”, falou João Ferreira, aluno do curso de Geografia da UNIR.
Além da organização feita pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), por meio de um representante e coordenador do movimento (Alexandre Victor), houve a participação de alguns professores da instituição: Ricardo Gilson (Departamento de Geografia), Walterlina Brazil (Departamento de Educação) e Miguel.
“Mais vergonhoso do que não ter RU, é tirar a liberdade da comunidade acadêmica de escolher o que comer e onde adquirir”, comentou Tiago Alves, que além de estudante, vendia marmitas com preços populares e é conhecido como “Mata Larica” no campus da UNIR.
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