Segundo pesquisa da UNIR, produtos ficaram quase 15 reais mais baratos do que em fevereiro deste ano e é a segunda baixa seguida
Foto: Daniel Medeiros/Governo da Paraíba
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O valor da cesta básica teve nova queda, resultando em um alívio no bolso do consumidor em Porto Velho. É o que aponta o resultado de mais um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Economia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Segundo o levantamento, o valor da cesta básica em fevereiro ficou em R$ 565,84. Uma queda de 2,46% na comparação com o mês de janeiro, quando custava R$ 580,13. Uma diferença considerável de R$ 14,29. Porém, nos dois meses do ano, o acumulado da baixa já é de 6,29%.
Ainda de acordo com o levantamento, a cesta custa 4,46% a mais do que em fevereiro de 2022. Em 12 meses “corridos” houve um aumento de 5,1%.
Lembrando que a UNIR analisa vários gêneros alimentícios que estão fora daquelas cestas prontas vendidas em supermercados e mercados da cidade.
Detalhes
Dos 12 produtos pesquisados, apenas três apresentaram aumento de preço em fevereiro quando comparados com janeiro: banana (4,8%), arroz (2,43%) e manteiga (0,68%).
Por outro lado, nove tiveram queda no primeiro mês do ano: óleo (- 9,35%), tomate (- 6,83%), pão (- 4,58%), leite (- 4,25%), açúcar (- 3,14%), carne (- 2,98%), feijão (- 2,36%), farinha (- 2,13%) e café (- 1,35%).
“O preço do tomate vem de duas quedas consecutivas, com queda acumulada no ano de 21,11%. A razão da queda no preço do tomate é o aumento da oferta da safra de verão. A carne bovina também apresentou queda nos preços por dois meses seguidos. A queda no preço da carne é reflexo da diminuição da exportação, o que favoreceu maior oferta interna e queda nos preços”, detalha o professor da UNIR e coordenador da pesquisa, Jonas Cardoso.
E ele completa a análise: “No geral, também pode-se atribuir a queda nos preços dos produtos da cesta básica aos preços dos combustíveis. Os preços subiram em meados de 2022 acompanhando o aumento no preço do diesel, que altera os custos de transporte. Com a queda no preço da gasolina houve melhoria no orçamento das famílias que utilizaram a poupança com combustível para adquirir outros bens, principalmente alimentos”.
Foto: Site Maré de Notícias Online
Para o coordenador da pesquisa da cesta básica, houve aumento na oferta de produtos, apesar do diesel não ter redução nos valores, o que pode explicar a baixa tímida nos preços da cesta básica.
“Os preços tiveram aumento devido a maior demanda por alimentos e devido a queda pouco acentuada do diesel. Neste ano, a melhora na oferta dos alimentos que compõem a cesta básica está favorecendo a queda nos preços. A tendência de variação dos preços vai depender do comportamento do preço do diesel, dos insumos de produção, do volume de exportação e do clima”, explica Jonas Cardoso.
Pesado
O peso no bolso fica mais claro quando analisamos os reajustes dos valores dos alimentos entre fevereiro do ano passado com fevereiro deste ano.
O campeão disparado é um item bastante apreciado pelos rondonienses: pão (29,8%). Em segundo lugar, a banana (28,73%), e em terceiro, a farinha (28,44%).
A lista do rombo no orçamento segue com leite (27,29%), arroz (17,08%), manteiga (19,99%) e feijão (10,71%).
O levantamento registrou cinco produtos com queda nos valores: óleo (- 15,32%), carne (- 12,44%), Tomate (- 9,43%), açúcar (- 8,06%) e café (- 4,65%).
A instituição apontou que os 12 principais produtos que compõem a cesta básica são pesquisados em diversos estabelecimentos comerciais de Porto Velho.
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