SAÚDE: Unicef lança campanha de vacinação nos municípios da Amazônia

Ação também acontece na região do Semiárido nordestino

SAÚDE: Unicef lança campanha de vacinação nos municípios da Amazônia

Foto: Divulgação

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UNICEF LANÇA CAMPANHA DE VACINAÇÃO
 
A campanha foca nos municípios da Amazônia e do Semiárido, bem como os povos indígenas presentes nesses territórios.
 
 
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Instituto Peabiru e a Asserte, parceiros implementadores do Selo UNICEF, realizam no dia 26 de janeiro, às 10h, o lançamento virtual e apresentação da campanha de incentivo à vacinação infantil que será realizado no canal do UNICEF Brasil no YouTube. A campanha pretende sensibilizar sobre o cenário de baixa cobertura vacinal, da população em geral e dos povos indígenas, das equipes de saúde, assistência social e educação para o qual a imunização se apresenta com grandes desafios. 
 
 
“Vá sim, vacine! Ame, proteja, vacine nossas crianças” e “Vacinas protegem, vacinas salvam vidas. Vacinas honram os parentes e os ancestrais. Vacina, Parentinho!”, são as assinaturas das campanhas a serem lançadas no próximo dia 26. A campanha deverá engajar as equipes municipais dos 2.023 municípios brasileiros que aderiram ao Selo UNICEF, onde vivem mais de 17 milhões de crianças e adolescentes e mais de 500 mil indígenas, bem como organizações indígenas e equipes de saúde indígena, contribuindo, assim, para o aumento da cobertura vacinal. 
 
 
Conforme dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, a partir de 2015, as coberturas vacinais começaram a cair no Brasil, colocando o país em alerta para o perigo do retorno de doenças evitáveis. Para se ter uma ideia, a cobertura da vacinação contra a poliomielite caiu de 98,3% em 2015 para 70,2% em 2021. Além da queda da imunização, também verificada entre os povos indígenas, soma-se a subnotificação em função da dispersão e da dificuldade de acesso a vários territórios. 
 
 
Segundo Antônio Carlos Cabral, especialista em Saúde e HIV do UNICEF, a vulnerabilidade dos povos indígenas diante da covid-19 mais uma vez evidenciou a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de saúde indígena. “Para o UNICEF é fundamental garantir a vacinação e, consequentemente reverter o baixo índice de cobertura vacinal da população indígena, em especial as crianças. Também, identificar, registrar e monitorar as crianças não imunizadas, impedindo que doenças graves e risco de mortalidade afetem esta população, como o sarampo e a paralisia infantil”
 
 
No caso da campanha voltada aos povos indígenas, visando garantir a representatividade e fazer valer a voz indígena, diversas lideranças participaram da campanha dando depoimentos e convidando a população indígena a se vacinar. Entre elas está Puyr Tembé, coordenadora da Federação dos Povos Indígenas do Pará (FEPIPA). A mulher indígena é voz ativa na defesa dos direitos das comunidades tradicionais. Ela destaca que os indígenas sofrem constantemente com ameaças oriundas dos conflitos socioambientais. Para defender a existência do seu povo, Puyr também defende as vacinas. “A vacina salva vidas e é muito importante para a continuidade das nossas gerações”, declara.
 
 
A partir do lançamento da campanha, será disponibilizado no site do Selo UNICEF (www.selounicef.org.br), diversos produtos de comunicação, como VTs e spots, além das artes para camisas, bonés, cartazes, folderes, cards para redes sociais. Todo o material ficará disponível e poderá ser reproduzido e impresso por governos estaduais e municipais e outros órgãos interessados. 
 
 
A campanha integra a estratégia do Selo UNICEF, iniciativa do UNICEF para fortalecer as políticas públicas municipais voltadas para crianças e adolescentes, especialmente os mais vulneráveis, em 18 estados: Maranhão, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso, Amapá, Pará, Tocantins, Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. 
 
 
Os municípios que integram o Selo UNICEF assumem o compromisso de manter a agenda de suas políticas públicas pela infância e adolescência como prioridade. A metodologia inclui o monitoramento de indicadores sociais e a implementação de ações que ajudem o município a cumprir a Convenção sobre os Direitos da Criança, que no Brasil é refletida no Estatuto da Criança e do Adolescente.
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