Um aviso colocado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Joaquim Vicente Rondon, localizada no bairro Cohab, na zona Sul, em Porto Velho, tem revoltado pais e alunos. O texto diz que a partir da última segunda-feira(05), a turma do 1º Ano D, está com as aulas suspensas devido à falta de professor.
O anúncio foi colocado nas redes sociais e os comentários críticos lamentavam que os alunos fossem obrigados a ficar sem estudar. Uma internauta denunciou que a ausência de professores está expondo alunos a situações constrangedoras e cobra posição da direção da escola.
No começo da noite desta terça-feira (06), a direção da escola enviou uma nota de esclarecimento que será publicada na íntegra:
Com o compromisso de prestar esclarecimentos à comunidade escolar, a direção da E.M.E.F. Joaquim Vicente Rondon vem a público esclarecer os fatos narrados em matéria jornalística vinculada ao jornal eletrônico Rondônia ao Vivo sobre a suspensão das aulas por falta de professores na turma “1º ano D”.
Esclarecemos que a turma mencionada foi assistida, até o final de agosto de 2022, por professores em regime de horas extras. Ocorre que, por motivos pessoais, os servidores que a assistiam não puderam continuar as atividades escolares.
Em virtude de tal fato, a direção da escola fez contato com a Secretaria de Educação Municipal (SEMED) e, na oportunidade, recebeu a informação de que já estaria em trâmite a resolução do problema.
Esclarecemos, ainda, que os pais ou responsáveis pelos estudantes da referida turma já foram comunicados do retorno das aulas, em sua plena normalidade, a partir do dia 08/09/2022.
Postas as devidas soluções tomadas e que o caso requer, destacamos, nesta oportunidade, que, da leitura da matéria jornalística, causou-nos surpresas o seguinte relato:
“Se fosse apenas isso. Eles estão acostumados a fazer da forma deles. Minha filha estudava lá a tarde e a professora mais faltou do que deu aula, eu trabalhei lá e a mesma mais faltou do que deu aula também. Na sala de aula dela (quando foi) cortaram o cabelo da minha filha e ninguém viu (no caso a professora). E quando fui procurar a escola pra eles tomarem providência fui tratada com hostilidade. Tá na hora de colocar pessoas que querem realmente trabalhar. Tem muitos professores querendo trabalhar.”
É com grande indignação que recebemos tal relato, posto que, no caso em tela, a criança mencionada fora matriculada no dia 02/08/2022 e as aulas iniciadas no dia 08/08/2022.
Ao contrário do relato citado, assim que nós, direção e coordenação pedagógica, tomamos conhecimento dos problemas relacionais entre as crianças da turma - inclusive envolvendo crianças público da Educação Especial - a direção escolar, juntamente com a coordenação pedagógica, tomou todas as providências cabíveis e necessárias, inclusive, atendendo a pedido da genitora e como medida imediata, providenciamos o remanejamento de sua filha para outra turma no dia 29/08/2022.
No que tange às faltas da professora citada na matéria, no período descrito acima, a professora responsável pela turma teve dois dias em repouso por razões médicas e com a devida homologação de atestado médico comprobatório por parte do órgão competente.
Ressaltamos ainda que tal relato fora propagado por ex-assistente de alfabetização que em momento algum atuou como professora efetiva vinculada a esta Instituição de Ensino.
Quanto à hostilidade, tal situação se originou, pois, a genitora apresentou insatisfação com a professora de sua filha via telefone, no entanto, em atendimento presencial para averiguar a situação, a mesma queria delegar o atendimento para um familiar que não detinha guarda ou poderes legais para representar os interesses da criança, em claro descumprimento das Normas Legais.
Honrando os compromissos a nós delegados e com o devido respeito que temos pela nossa comunidade escolar, esclarecemos que esta Instituição de Ensino, assim como a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), buscou as soluções devidas para o problema, garantindo, como determinam as Normas, a restituição das aulas aos alunos de forma a não lhes restar prejuízo algum.
Por fim, salientamos que todos os fatos expostos em resposta encontram respaldo nas documentações e anotações de posse desta Instituição Escolar e que apenas não foram colocadas em anexo com o fito de preservar a identidade das crianças menores envolvidas.
A direção.