Entre 2019 e 2021, maiores avanços foram em Pernambuco, Rondônia e Espírito Santo
Foto: Ilustrativa
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Virou rotina: pessoas pedindo esmolas nos semáforos, gente pedindo alimento nas portas das casas ou catando lixo na rua. A pobreza em Rondônia está presente no dia a dia, mas agora um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) confirma: o estado foi o segundo que mais empobreceu no país.
Segundo o Mapa da Nova Pobreza da instituição, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até R$ 497 mensais atingiu 31,65% da população rondoniense. O estudo foi realizado pelo Centro de Políticas Sociais da FGV e tem como base dados de 2019 a 2021.
Detalhes
Ainda de acordo com a entidade, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do país. Este número em 2021 corresponde 9,6 milhões a mais que 2019, quase um Portugal de novos pobres surgidos ao longo da pandemia.
As linhas internacionais de pobreza usadas mundo afora apontam que em 2021, o número de pessoas com renda domiciliar per capita até 497 reais mensais para a linha de U$ 5,50 dia ajustada por paridade do poder de compra (R$ 497 mensais) atingiu 62,9 milhões de brasileiros; 33,5 milhões para a linha de U$ 3,20 dia (R$ 289 mensais) e 15,5 milhões para a linha de U$ 1,90 dia (R$ 172 mensais).
“A pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto em 2021, desde o começo da série histórica em 2012, perfazendo uma década perdida. O ano de 2021 é ponto de máxima pobreza dessas series anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, destacou Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV.
A Unidade da Federação com menor taxa de pobreza em 2021 foi Santa Catarina (10,16%) e aquela com a maior proporção de pobres foi o Maranhão com 57,9%.
A mudança da pobreza entre 2019 a 2021 por Unidade da Federação em pontos percentuais na pandemia no gráfico a seguir revela que o maior incremento se deu em Pernambuco (8,14 pontos percentuais), Rondônia (6.31 pontos percentuais) e Espírito Santo (5,92 pontos percentuais).
As únicas quedas de pobreza no período foram observadas em Tocantins (0,95 pontos percentuais) e Piauí (0,03 pontos percentuais). No ranking geral da pobreza, a situação de Rondônia não é tão ruim: 16º lugar entre 26 estados e o Distrito Federal.
“A análise está baseada no conceito de renda domiciliar per capita efetivamente recebida do trabalho e de outras fontes de renda como Previdência Social, outras fontes privadas (aluguéis, pensões alimentícias, mesadas), programas assistenciais (Bolsa Família, Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil). Não incorporamos elementos como economias de escala, diferenças regionais de custo de vida ou imputação de aluguéis”, detalhou Marcelo Neri.
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