Uma família de Nova Mamoré espera há mais de 36 horas pela liberação do corpo de um jovem que teria sido assassinado no distrito de Nova Dimensão. Na noite de segunda-feira, 30 de maio, a Polícia Militar da localidade encontrou um rapaz morto.
Ele estava caído na beira da estrada, ao lado de uma motocicleta Honda Bros, de cor preta. O jovem, que tinha perfurações de arma de fogo no rosto, foi identificado como Weliton Santos de Oliveira, de aproximadamente 27 anos.
Como o município de Nova Mamoré está sem médico legista e o que atendia em Guajará-Mirim aposentou, vítimas em situação como o rapaz são enviadas para Porto Velho.
Segundo servidores municipais de Nova Mamoré, o trâmite para o translado é burocrático e lento, dependendo bastante da boa vontade de quem está de plantão na Segurança. Na capital, as famílias estariam passando por mais um processo de burocracia e lerdeza que atrasa a liberação.
No caso de Weliton Oliveira, o corpo só chegou em Porto Velho na manhã de ontem e até esse momento ainda não foi liberado para a família. O fato ocorreu na noite de segunda e os familiares não sabem quando vão poder realizar o sepultamento.
O problema é considerado grave. Duas cidades importantes, localizadas a mais de 300 km da capital, que estão na dependência de Porto Velho para atender uma demanda que é corriqueira.
Sem solução
Quase seis horas depois da publicação desta matéria, o Governo de Rondônia enviou uma nota limitando-se a informar que "a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) junto a Polícia Civil, esclarece que estão fazendo ajustes administrativos para a melhor prestação do serviço de médico legista nos municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim".