DESTRUIÇÃO: Imazon aponta aumento de 190% de desmatamento em Rondônia

Estado ficou apenas atrás de Mato Grosso e Amazonas no crescimento da área destruída da floresta

DESTRUIÇÃO: Imazon aponta aumento de 190% de desmatamento em Rondônia

Foto: Divulgação

Em estudo divulgado recentemente e enviado ao Rondoniaovivo, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontou o aumento de 190% no desmatamento em Rondônia entre fevereiro do ano passado e fevereiro deste ano.
 
Segundo a instituição, um ano após atingir a maior derrubada da Floresta Amazônica em 14 anos, o Brasil caminha para um novo recorde negativo de desmatamento em 2022. 
 
Apenas em fevereiro foram destruídos 303 km² de mata nativa na Amazônia Legal, o que equivale ao tamanho de Fortaleza (CE). Essa foi a maior área devastada no mês de fevereiro dos últimos 15 anos. 
 
Sistema do Imazon mostra regiões mais desmatadas na Amazônia, onde Rondônia aparece com destaque - Foto: Imazon
 
Apenas em relação ao mesmo mês do ano passado, a destruição aumentou quase 70%. Ainda segundo a pesquisa, o estado ficou atrás apenas do Mato Grosso (com 300% de aumento) e Amazonas (que teve 252% de crescimento).
 
Destamatamento em Rondônia subiu 190%, ficando apenas atrás do MT e Amazonas - Foto: Divulgação
 
Esse é o segundo mês consecutivo de crescimento no desmatamento. Em janeiro, a derrubada da floresta foi 33% maior do que no ano passado. 
 
Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, que monitora a Amazônia por imagens de satélites desde 2008.
 
“Essa alta é extremamente grave diante da emergência climática que estamos vivendo, já que o desmatamento contribui com o aquecimento global, que por sua vez intensifica as mudanças climáticas que ocasionam os eventos extremos. No Brasil, já tivemos no ano passado, chuvas fortes que provocaram mortes e destruições na Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro”, afirma a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon.
 
O SAD detectou no total, 303 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Um aumento de 69% em relação a fevereiro de 2021, quando o desmatamento somou 179 quilômetros quadrados. 
 
O desmatamento detectado somente em fevereiro deste ano ocorreu no Mato Grosso (32%), Pará (27%), Amazonas (24%), Rondônia (10%), Maranhão (3%), Roraima (3%) e Acre (1%).
 
Divisão
 
Em fevereiro de 2022, a maioria (72%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Unidades de Conservação (14%), Assentamentos (13%) e Terras Indígenas (1%).
 
Porto Velho está entre os 10 municípios mais críticos em desmatamento, em sétimo lugar na tabela, que tem cidades conhecidas como Apuí (AM, em 1º), Colniza (MT, em 2º), Lábrea (AM, em 5º) e Novo Aripuanã (AM, no 6º lugar).
 
Municípios mais críticos no desmatamento da Amazônia; Porto Velho está na sétima posição - Infográfico do Imazon
 
Já entre os assentamentos, há duas áreas de Rondônia na tabela entre os 10 mais: PAF Jequitibá (na 5ª colocação) e PA São Francisco (em 6º lugar).
 
Assentamentos rondonienses também destroem muito a floresta - Foto: Imazon
 
Entre as unidades de conservação, duas áreas seguem ameaçadas pela destruição: Resex Jaci-Paraná (em segundo lugar) e PES Serra dos Reis (na sétima posição).
 
Unidades de Conservação também são alvos da destruição da floresta - Foto: Imazon
 
A liderança do desmatamento nas terras indígenas ficou com a TI Karipuna com 0,4 quilômetros quadrados de destruição, cuja posição é dividida com a TI Kayabi que fica entre o Pará e Mato Grosso.
 
As terras indígenas estão sendo bastante atingidas pela destruição da cobertura vegetal, segundo o Imazon
 
“Esses municípios que ficam no sul do Amazonas, na divisa com o Acre e com Rondônia, onde há uma área de expansão agropecuária chamada Amacro. Por isso, é preciso intensificar as ações de combate ao desmatamento ilegal nessa região”, completa Larissa Amorim.
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