Há cerca de três anos, pais e filhos estão sofrendo no distrito de Demarcação, localizado a 202 km de distância de Porto Velho (RO). O motivo do desespero se deve ao fato de as crianças da localidade não estarem tendo aulas presenciais. Eles estudam na Escola João de Barros Gouveia e General Osório.
De acordo com informações fornecidas pelos moradores, aproximadamente, 100 alunos estão sem atendimento escolar, na modalidade presencial. Essas crianças têm idade entre 4 e 17 anos.
Os alunos do 1º ao quinto ano do ensino fundamental necessitam do atendimento na própria comunidade. Já os alunos do 6º ano até o ensino médio, estão sem transporte fluvial para se deslocarem até a unidade escolar General Osório, no distrito de Calama.
Um dos pais, que está revoltado com essa situação é Daniel Oliveira, que procurou o Rondoniaovivo para denunciar o descaso com os estudantes. Ele contou que a escola está em perfeito estado para receber os estudantes, mas não está funcionando.
"O colégio está pronto, há professores, zeladores, merendeiras e os alunos estão com bastante expectativa de voltar às atividades. A única coisa que está faltando, é uma licitação para abrir um processo seletivo e contratar esses profissionais", comentou ele.
Veja o vídeo:
Apelo
A comunidade vem sofrendo durante todo esse tempo e implorando por aulas presencias. A fim de resolver o problema, os moradores dizem que já procuraram órgãos públicos em busca de uma solução, mas, até hoje, nada foi feito para garantir aos alunos o retorno às salas de aulas.
"A educação é um direito dos nossos filhos e eles não estão tendo. Por isso, estamos nos reunindo para fazer esse apelo", declarou Daniel.
Uma mãe reforçou a necessidade urgente de a escola ser reaberta na localidade. Ela disse que muitos adolescentes, com idade mais avançada, não sabem o básico da alfabetização, não conseguem nem ler ou escrever.
"Tem pais que não tem condições de ensinar os filhos e eles necessitam dos professores para aprender. Essa é uma situação urgente e tem que ser resolvida", enfatizou a mulher.
O Rondoniaovivo contactou a Secretaria Municipal de Educação - Semed e o Governo do Estado, mas até o fechamento dessa matéria não obtivemos qualquer resposta sobre o assunto.