GUERRA: Pastor de Porto Velho relata terror na Ucrânia

Nesta semana, durante a guerra contra a Covid-19, o mundo foi surpreendido por mais outro ataque cruel: a invasão da Rússia a um país vizinho e ex-membro da União Soviética, a Ucrânia.

 

Há quem não se preocupe pelos combates e mortes estarem muito longe de Rondônia. Ou que lá vivam apenas jogadores de futebol e suas famílias. Mas, em especial, para um pastor de Porto Velho, a tensão é igual. 

 

Cleuton Cardoso, que congrega e é um dos líderes da Igreja Batista da Liberdade, tem dois amigos ucranianos, que também são pastores, e estudaram Teologia com ele no Recife (PE). Logo após o curso, a dupla retornou à terra natal.

 

Pastor Cleuton Cardoso segue acompanhando os acontecimentos na Ucrânia por causa de dois amigos pastores que moram no país - Foto: Arquivo Pessoal

 

“São dois amigos que estudaram comigo na década de 90, o Anatoly e Lubomir. Retornaram como missionários, primeiramente em Kiev [capital] e depois em Liviv. Segundo o pastor Anatoly, o clima lá é muito tenso. Várias pessoas da igreja dele estão se refugiando em estações de metrô, especialmente as subterrâneas e funcionando como ‘bunkers’”, detalhou Cleuton.

 

O pastor também teve um relato de como está a vida na capital da Ucrânia, Kiev, mesmo com os ataques da Rússia bem próximos da cidade.

 

“Ainda tem algumas pessoas andando pelas ruas, carros indo e vindo. Milhares de pessoas estão deixando Kiev. Muitos estão indo para a Polônia [país vizinho] a pé, apenas com algumas malas e a família. Deixaram tudo para trás”. 

 

O pastor de Porto Velho detalhou como estão os amigos, apesar de todo o medo que virou rotina na vida dos ucranianos.

 

“Eles estão bem de saúde, mas pedem muitas orações do povo brasileiro. Tanto o Lubomir quanto o Anatoly têm filhos pequenos. Um dos filhos perguntou: - Papai, vamos morrer? O Lubomir disse que Deus os protegeu até ali e vai continuar protegendo”.

 

O representante da Igreja Batista da Liberdade de Porto Velho afirmou que uma grande corrente de orações tem sido feita para mandar vibrações positivas para os irmãos da Ucrânia.

 

“Não só por eles, mas por todo o povo ucraniano e da Rússia. Precisamos orar por essas nações que estão em conflito, para que Deus possa cessar esse ódio, essa cisma, essa vontade de guerrear contra outra nação. Nossa intenção é orar com Deus para que haja paz e um cessar fogo”, torceu ele.