REVOLTA: Alunos da área de Saúde fazem protesto e pedem volta das aulas práticas

Eles criticam a postura da atual gestão que impôs um protocolo rígido contra a covid-19, mesmo com a maioria dos estudantes vacinados

REVOLTA: Alunos da área de Saúde fazem protesto e pedem volta das aulas práticas

Foto: Divulgação

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Estudantes da área da Saúde nos cursos de enfermagem, psicologia, medicina e educação física ocuparam na manhã desta quarta-feira (23), a sede da Universidade Federal de Rondônia (Unir), no centro de Porto Velho.
 
A ação tem como objetivo alertar o comando da instituição para a necessidade de retorno das aulas práticas para esses futuros profissionais. Eles afirmam que o ensino remoto teve inicio com a pandemia e desde então, foram suspensas as aulas práticas.
 
Eles afirmam que fizerem reuniões com a reitoria para que fosse resolvida a situação e que prazos foram estipulados. No entanto, não foram cumpridos e os acadêmicos continuam nem sem as aulas de campo.
 
Eles emitiram uma nota, explicando, de forma mais aprofundada, o motivo da manifestação e lamentando o descaso com essa situação.
 
 
Veja o texto:
 
#Liberanossaspráticas
 
O movimento #liberanossaspraticas tem como objetivo principal o retorno das práticas nos laboratórios e campos de estágios da UNIR. Os estudantes da área da saúde dos cursos de enfermagem, psicologia, medicina e educação física estão lutando pelo direito de ter um estudo digno e completo por parte da instituição. 
 
Devido a pandemia, o ensino remoto emergencial foi necessário para continuar a graduação dos cursos, mas como a área da saúde tem demandas específicas e atividades práticas obrigatórias para todos os cursos no projeto pedagógico esse ensino fica insustentável a longo prazo. Tivemos reuniões esclarecendo a nossa intenção de retorno, fomos ouvidos pela reitoria e departamentos, que fizeram promessas e instituíram prazos e nada foi cumprido.
 
 O primeiro, foi em relação aos campos de estágios que estão com os convênios vencidos, devido a postergação do processo. A universidade tomou posicionamento, tiveram reunião com o Sesau, que colocou o prazo até a sexta-feira, dia 18 de fevereiro, para a liberação dos estudantes de 1° a 4° dos cursos de medicina (o que é excludente, porque pedimos os convênios para todos os cursos), mas isso não ocorreu até o momento. 
 
Além disso, ocorreu a continuação dos processos com a SEMUSA que ainda não tivemos retorno. É importante salientar que o contrato com a Semusa venceu em maio e que mesmo sendo postergado até novembro. Nesse intervalo de tempo, os estudantes que precisam desses estágios estão sendo prejudicados e atrasando ainda mais a graduação. 
 
O segundo, foi em relação as aulas nos laboratórios da universidade, que estão proibidas devido um protocolo de biosegurança extremamente rígido, com dados questionáveis, porque não leva em consideração diversos aspectos como a vacinação de todos os estudantes da área da saúde. Além disso, o comitê de biosegurança envolveu posicionamentos políticos ideológicos como razão para postegar o retorno, o que é contraditório porque a ciência não é um posicionamento político. 
 
Dessa maneira, a UNIR segue um protocolo de biosegurança próprio que possui seus próprios critérios que são diferentes tanto do município como do Estado, decretando fase 1 no final de janeiro, alguns dias antes de retomar o calendário acadêmico, que proibiu o todo tipo de atividade dentro da universidade mesmo respeitando todos as medidas sanitárias. 
 
Com objetivo de promover essa liberação para os estudantes da saúde que possuem essa demanda especifica, foi emitida uma portaria para que as atividades práticas em laboratório fossem consideradas essenciais mediante a esse protocolo, e essa portaria foi barrada por um Comitê de biosegurança composta pelo vice-reitor Cedaro e a Dra. Ana Escobar. E isso tem prejudicado muito os alunos e contribuído para uma alta taxa de evasão nos cursos da saúde. 
 
Por fim, é importante salientar, que o movimento é legítimo e nós precisamos ser ouvidos para que possamos ser uma mão de obra especializada de forma completa, para atender a população geral, porque somos de uma instituição pública e temos o dever de contribuir com a sociedade. 
 
Por isso, pedimos o retorno de nossas atividades para todos os cursos da saúde, porque até o momento não temos nem plano de ação e o curso está parada há quase 1 ano, com todas as medidas sanitárias necessárias para que nossa formação não atrase mais, diminua a taxa de evasão e tentem sanar o prejuízo que o ensino atual da unir está causando nesses cursos.
 
Os estudantes lamentam a falta de aulas presenciais e se dizem prejudicados na formação acadêmica 
Direito ao esquecimento

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