No próximo dia 3 de fevereiro (quinta-feira), Porto Velho se tornará, por um dia, a sede do Governo Brasileiro. Para isso, estará em nosso estado e despachando no CPA, o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Ele vem à Rondônia para participar de um encontro com o presidente peruano, Pedro Castillo, que assumiu o mandato no ano passado. A reunião entre os dois mandatários tem como objetivo estreitar os laços entre as duas nações e, em especial, fomentar o comércio.
Hoje, Rondônia é um estado estratégico na região Norte do Brasil, com uma economia pujante, onde a produção agrícola e a pecuária dominam. Segundo o portal Comex Stat, que fornece dados estatísticos sobre as exportações brasileiras, em 2021 o nosso estado exportou US$ 1,51 bilhão, enquanto as importações totalizaram US$ 491,5 milhões. Ou seja, mais vendemos do que compramos, sendo o superávit entre as duas atividades de US$ 1.016 bilhão (dólares).
Ilustrativa
Para a secretária da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Beatriz Basílio Mendes, esses bons números das exportações mostram a força da economia estadual, que se reflete no social.
“A exportação em alta impacta positivamente a sociedade, traz um conforto para a população, pois gera renda e emprego. E esse bom resultado está relacionado ao aumento da demanda do mercado exterior pelos produtos de Rondônia, especialmente os que fazem parte do agronegócio, que é uma das fortalezas econômicas do Estado”, declarou.
Feito em RO
Hoje os produtos “made in Rondônia” tem como destinos principais, os seguintes países: China (US$ 197 milhões), Espanha (US$ 156 milhões); Turquia (US$ 129 milhões); Países Baixos (US$ 124 milhões) Hong Kong (US$ 125 milhões); Chile (US$ 101 milhões); Estados Unidos (US$ 82,4 milhões) e México (US$ 68,7 milhões).
Os principais produtos exportados por Rondônia são: soja, milho, algodão; carne bovina congelada desossada; carne bovina fresca ou refrigerada e minérios. Entre os municípios rondonienses que se destacam no saldo da balança comercial estão: Vilhena, Rolim de Moura, Cerejeiras, Ji-Paraná, Jaru, São Miguel do Guaporé, Chupinguaia, Cacoal e Ariquemes. Apenas três municípios importaram mais que exportaram: Porto Velho, Pimenta Bueno e Cabixi.
Como podemos observar, nenhum país da América Latina, aparece na lista dos principais mercados de produtos exportados por Rondônia. É justamente essa situação que precisa ser mudada e o nosso Estado precisa conquistar o mercado desses países vizinhos. Por isso, é de grande importância esse encontro entre os presidentes do Brasil e do Peru.
Localização
Para a diretora da InterFrazão, que atua com comércio exterior, em Rondônia, Ivanilda Frazão, essa reunião é uma oportunidade para que o nosso Estado promova a integração com Peru e também com a Bolívia. Ela também destaca outros aspectos que favorecem Rondônia.
“A localização fronteiriça nossa favorece o comércio com outros países. Hoje, somos considerados um hub de ligação pelo modal rodoviário para os países fronteiriços amazônicos. Além disso, estamos no melhor momento de integração dessas fronteiras, onde Brasil, Peru e Bolívia estão fortalecendo o fluxo de negócios”, analisou.
Para Ivanilda Frazão, da InterFrazão, é necessário que Rondônia aproveite o imenso mercado com os países vizinhos
Ivanilda observa também que o encontro da próxima quinta-feira, será uma chance para que o empresariado e os governos possam conhecer as oportunidades oferecidas pela economia peruana.
“Se faz necessário que tenhamos uma integração maior entre os dois países. O Peru é uma porta de oportunidades para os nossos produtos e que precisamos explorar”, disse.
Ela defende que essa integração seja algo constantes por parte dos Governos Federal e Estadual. Para a representante da InterFrazão, existe um projeto que precisa sair do papel e se tornar uma realidade com urgência e que irá contribuir, e muito, para a economia de Rondônia.
“É fundamental que essa ponte ligando Rondônia à Bolívia, em Guajará-Mirim, literalmente, se concretize. Utilizando o fluxo rodoviário e aéreo com Bolívia e Peru chegando ao Pacífico. Os investimentos na conexão logística trazem efeitos em dinamizar a economia local, arrecadação tributária com diversos serviços, turismo e geração de renda”, finalizou.