CLOROQUINA: 'É um embuste', diz médica sobre lei para uso de remédios contra covid

Ela disse que esses medicamentos podem provocar efeitos danosos para quem usa

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Professora, pesquisadora e integrante do Comité Científico da Universidade de Rondônia (UNIR), a médica Ana Escobar disse para reportagem do PAINEL POLÍTICO que é contra a medida da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) publicada, na última segunda-feira (17), que autoriza a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina para o tratamento de pacientes com Covid-19. Os medicamentos são comprovadamente ineficazes contra a doença.
 
Esse embuste aprovado pelos deputados foi comprovado por diversas instituições, inclusive pelos fabricantes, como ineficazes para Covid-19, podendo, inclusive, provocar efeitos danosos para quem usa”, disse ela que é mestra e doutora em saúde pública e pós-doutorado em epidemiologia.
 
A médica explica que essa medida adotada para os deputados é uma iniciativa de movimentos negacionistas. “Esse tipo de coisa só serve para fazer os incautos acreditarem que tem tratamento, e com isso não se vacinar”.
 
O projeto de lei (5,308, de 13 de janeiro de 2022) é de autoria do deputado estadual Chiquinho da Emater (PSB). A lei foi publicada e tem validade durante toda a pandemia.
 
De acordo com a lei, a prescrição dos medicamentos elencados no artigo 1º está autorizada e fica a critério do médico, mesmo na fase inicial da doença e sem a comprovação laboratorial da enfermidade, bastando seu diagnóstico clínico.
 
O médico que prescrever essas medicações para o tratamento da Covid deverá informar ao paciente sobre o caráter experimental do medicamento, mas o uso não é obrigatório.
 
Os medicamentos autorizados pelos deputados faziam parte do “kit-covid”, um conjunto de remédios distribuídos principalmente no início da pandemia no país. Apesar da lei declarar que o uso dos medicamentos é “experimental”, vários estudos feitos por órgãos competentes comprovaram a ineficácia.
 
No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) liderou uma pesquisa que mostrou a ineficácia da hidroxicloroquina e outros medicamentos. Já a ineficácia da ivermectina também foi apontada, até pelo fabricante.
 
A comprovação da falta de utilidade e até agravamento nos casos da doença, levaram as organizações como a OMS, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e da Europa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) a declarar contra-indicação contra o “kit-covid”.
 
A médica diz que a decisão tomada pelos deputados é grave. “Na UTI do Cemetron (Centro de Medicina Tropical de Rondônia), todos os leitos estão ocupados por pessoas com Covid, que não se vacinaram. As variantes do vírus que estão circulando, quando atingem pessoas sem vacina, provocam doença grave!”,
 
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (CREMERO), divulgou nesta quarta-feira, 19, um alerta sobre o aumento no número de casos de Covid no estado, e cobra do governo, medidas concretas para evitar o caos nas unidades de saúde.
 
Há sinais de superlotação das unidades de saúde, tanto nas unidades de atenção primária, como nas unidades de referência. É fundamental que sejam adotadas as medidas que assegurem o atendimento adequado da população, além de evitar sobrecarga dos profissionais de saúde. É bom estarmos todos atentos para a baixa cobertura vacinal em nosso estado, em especial da população que deveria ter recebido as segundas e terceira doses da vacina. Esta população, de não vacinados ou de vacinados de forma incompleta, é a que corre maior risco de, em se infectando, desenvolver as formas graves da doença. É neste grupo, também, que há o maior risco de óbito. Portanto, é urgente que as autoridades divulguem de forma adequada e intensiva a importância da vacinação”, diz a instituição. Veja abaixo como foi a votação:
 
Nesta quinta-feira (20), foram consolidados os seguintes resultados:
 
Casos confirmados – 296.395
 
Óbitos – 6.800 (2,31%)
 
Pacientes internados na Rede Estadual de Saúde – 120
 
Pacientes internados na Rede Privada – 05
 
Pacientes internados na Rede Municipal de Saúde – 46
 
Pacientes internados na Rede Filantrópica – 03
 
Total de pacientes internados – 174
 
Pacientes aguardando leitos: 0
 
Testes Realizados – 790.246 (Dados de 9/12)
 
Aguardando resultados do Lacen – 459
 
* População vacinada: (Dados de 19/01/2022)
1ª Dose – 1.241.968
2ª Dose – 1.047.064
Dose de Reforço – 192.359
 
Total de doses aplicadas: 2.481.391
Vacinas recebidas: 3.111.338 doses
 
* CoronaVac: 721.648
 
* AstraZeneca: 919.150
 
* Pfizer: 1.382.940
 
*Janssen: 64.400
 
*Pfizer Pediátrica – 23.200
 
Fonte: Painel de Vacinas
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