CRIME: Especialista de PVH dá dicas de como se proteger de invasão de hackers

Empresária do ramo da estética revela impotência e revolta após ter Instagram invadido

CRIME: Especialista de PVH dá dicas de como se proteger de invasão de hackers

Foto: Divulgação

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Pesquisas feitas por empresas de proteção de dados revelaram que, desde o ano passado, os números de ataques de hackers cresceram quatro vezes. 
 
Em fevereiro de 2020 foram registrados cerca de 20 milhões de ataques por dia. Em abril do mesmo ano, começo da pandemia da Covid-19, o número subiu para quase 90 milhões diários e se manteve alto até agora.
 
A clonagem de WhatsApp é a ação mais comum praticada por esses criminosos virtuais, mas recentemente, perfis de redes sociais tem sido invadidas constantemente. 
 
É o caso da página do Instagram da empresa Studio Versátil Beleza e Cia. Os criminosos de São Paulo agiram muito rápido: trocaram senha, nome de usuário, e-mail e telefone, para não haver nenhum meio de recuperação da conta. 
 
A empresa foi construída há muito custo, segundo a proprietária Cleide Barbosa, após 16 anos de trabalho na área da micropigmentação. Houve a inauguração de um novo espaço de beleza e era nas redes sociais, que os principais clientes mantinham contato, além de ser o maior meio de divulgação dos serviços recém lançados. 
 
“Nosso perfil tinha sido criado há seis anos, onde investíamos pesado na alimentação. Era dia, noite, madrugada publicando, estudando a plataforma, pagando para impulsionar. Chegamos a 11.970 seguidores orgânicos e o Instagram se tornou nossa melhor vitrine de vendas. Há poucas semanas inauguramos uma ampliação do salão. Estávamos no auge das nossas divulgações e talvez isso tenha chamado a atenção dos hackers”, disse Cleide.
 
 
A página antes do roubo
 
Segundo a proprietária do estúdio de beleza, ela esperava ter mais apoio da plataforma, mas foi ignorada.
 
“Até ocorrência policial registramos. Enviamos tudo o que precisava para o Instagram pra ter a página de volta e eles simplesmente responderam ‘devido ao grande número de denúncias, eles não tiverem tempo pra analisar a nossa, mas verificaram a página e aparentemente não tem nada de ilegal’. Fiquei muito decepcionada com o suporte da rede social”. 
 
 
Boletim de ocorrência
 
Além da decepção, a empresária revelou ao Rondoniaovivo que o crime virtual causou muitos transtornos e prejuízos financeiros.
 
“Me senti desamparada, vulneráveis a outro golpe e impossibilitada de conseguir avisar meus seguidores o que aconteceu. É triste saber que depois de tanto trabalho, em segundos, alguém te faz descer à estaca zero. Quem deveria dar suporte,faz você sentir que não é importante para eles. Nossa nova pagina é @studioversatilbelezaecia”, desabafou Cleide Barbosa.
 
Prevenção
 
 
 
A página depois do roubo
 
O advogado, especialista em Direito Digital, Cássio Bruno Castro Souza explica que existem leis para amparar quem é vítima de ataques virtuais. 
 
“O Brasil possui algumas leis que protegem os usuários de internet em caso de vazamento de dados e invasões provocadas por hackers. É o caso da Lei Carolina Dieckmann, do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados. Em caso de ataque e invasão de dispositivo informático, o Código Penal prevê uma punição que pode variar de 1 a 4 anos, acrescida de multa (art. 154-A do Código Penal)”.
 
Cássio também destaca que e que o anonimato da internet não livra ninguém de impunidades. 
 
“Quem invade dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, pode ser preso. Assim também como aquele que produz, oferece, distribui ou vende dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a invasão. A pena pode ser aumentada em alguns casos, especialmente quando a invasão resulta em prejuízo econômico às vítimas e se houver divulgação dos dados obtidos na invasão”.
 
O advogado também dá dicas aos usuários de redes sociais de como se proteger de golpes e invasões de seus perfis na internet.
 
“Caso sua conta tenha sido invadida, é importante registrar boletim de ocorrência. Além disso, altere suas senhas, suas perguntas de segurança, especialmente de serviços que envolvem pagamento, como a Amazon, Netflix, etc. É importante também procurar uma agência de monitoramento de crédito, como a Serasa Experian, que possui serviço disponível a qualquer usuário”.
 
Para o especialista, proteção na internet nunca é demais. 
 
“O Banco Central também disponibiliza um relatório de contas e relacionamentos em bancos que pode te ajudar a identificar quando alguém cria uma conta e se antecipar a qualquer prejuízo, como contratação indevida de empréstimo, etc. Por fim, opte pela verificação em etapas em todas as suas redes sociais. Essa opção de segurança ajuda a se proteger contra ataques de contas”, falou Cássio Bruno Castro Souza.
Direito ao esquecimento

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