Há pouco mais de um ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surgimento de uma nova doença, a covid-19, provocada pela pandemia do coronavírus no Brasil e no mundo.
No meio de tantas vítimas, também surgiram outras doenças e o agravamento dos transtornos mentais. Entre eles destacam-se a ansiedade, depressão e síndrome do pânico, que podem estar relacionados às mudanças e experiências negativas, por conta do impacto na vida financeira, social e também dos vínculos afetivos.
Procurada pela reportagem do
Rondoniaovivo, a psicóloga clínica Grasielle Feijó Rosa, esclareceu as possíveis causas do aumento desses transtornos e falou um pouco sobre as crises.
Psicológa Grasielle Feijó Rosa
"O isolamento em si, em muitos casos, fez emergir questões que por muitas vezes eram ignoradas. Pessoas que nunca tinham se percebido ansiosas, estressadas ou até depressivas, passaram a relatar crises e a não se reconhecerem em vários momentos. Respeitar nossos momentos é essencial, mas tem que saber quando é uma doença e quando é passageiro", explicou.
Casos e cuidados
Grasielle Feijó Rosa, explicou que durante o período pandêmico, a procura maior foi feita por mulheres entre 18 e 35 anos e no segundo momento, tem sido mais diversificado, inclusive com o público idoso bastante presente.
Mas independente do caso, ela afirma que a família deve se dedicar e oferecer uma atenção maior a quem necessita.
De acordo com a psicóloga, é fundamental o apoio e diálogo com os parentes nesses casos, e a pessoa que sofre com esses males deve procurar ajuda médica ou psicológica.
"A família deve estar atenta aos sinais de mudança de rotina, autocuidado e as publicações nas redes sociais. É necessário oferecer ajuda e um espaço livre de julgamentos e cobranças", orientou.
Tratamento
O tratamento, disse Grasielle, ocorre por tempo indeterminando e muda de indivíduo para indivíduo. A saúde mental depende de inúmeros fatores, seja para manutenção ou tratamento de crise.
A população pode acessar os serviços voltados à saúde mental, tanto na rede pública quanto particular. Os atendimentos são oferecidos através de consultas online ou presenciais, e é possível ter acesso à assistência psicológica e clínica de forma segura e de qualidade.
A psicóloga enfatizou que o mais importante é procurar ajuda e a porta de entrada pode ser desde o posto de saúde até por meio do celular.
"A saúde mental precisa ser exercitada e alimentada, então a jornada de autoconhecimento que a psicoterapia pode proporcionar é bastante benéfica", disse Grasielle.
Além disso, existem serviços como O CVV – Centro de Valorização da Vida que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio de forma gratuita. Pelo telefone 188, e-mail e chat 24 horas todos os dias.