O Brasil registrou no último mês de Julho, 15.985 focos de incêndio em todo o país. Isso é o dobro do registrado no mês de junho desse ano. Quando comparado a junho de 2020, é verificado um aumento de 1,14%.
Esse crescimento em focos de incêndios está transformando o país deixando um rastro de destruição, em especial, na região amazônica. A maior parte dessas queimadas ocorrem em áreas de florestas e terras indígenas, que são alvos de madeireiros e grileiros que avançam visando nesses locais, visando apenas o lucro, pouco se importando com o meio ambiente ou com as mudanças climáticas que assolam o mundo, causando destruição e extremos de temperaturas.
Mesmo com esse cenário devastador, ambientalistas denunciam que apesar de ter orçamento os órgãos de combate ao fogo não estão contratando o número necessário de pessoas para atuarem nas linhas de frente contra as chamas.
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Um exemplo, é que no dia 22 de junho de 2021, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, havia contratado apenas 869 brigadistas temporários, pouco mais da metade dos 1.659 autorizados conjuntamente pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Economia para o exercício de 2021.
Essas informações foram obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo projeto Achados e Perdidos, realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Transparência Brasil e Fiquem Sabendo, com apoio da Fundação Ford, e parceiros com o portal ((o))eco.
Em Rondônia, o Ibama informa que, ao contrário de outros estados, ocorreram mais contratações de brigadistas. Segundo o órgão, foram contratados 14 novos brigadistas em relação ao número que havia em 2020, que era de 119 homens atuando no combate ao fogo. Esses profissionais atuam em todo o Estado em pronto emprego no controle de incêndios.
O Ibama informou que possuem as brigadas de incêndio estão no assentamento Joana D’arc, em Nova Mamoré, Machadinho do Oeste, Terra Indígena Tenharim Marmelo, em Porto Velho e no município amazonense de Apuí (AM).
Na capital de Rondônia, são 44 homens em 24 horas de plantão, disponibilizados para atender todo o Estado. No caso, eles atuam em conjunto com outros órgãos como o Corpo de Bombeiros, por exemplo. As outras brigadas são formadas, em média, por 15 homens.
O Programa Brigadas Federais protege diretamente cerca de 14 milhões de hectares de terras indígenas e 153 mil hectares de territórios quilombolas. Além disso, o Prevfogo também auxilia na proteção de cerca de 19,1 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e municipais.