Foi divulgado nesta semana pela Organização Mundial da Saúde, o maior estudo global sobre violência contra a mulher.
Os dados revelam que entre os anos 2000 e 2018, uma em cada três mulheres sofreu violência física ou sexual ao menos uma vez; sendo que 736 milhões de vítimas foram agredidas por desconhecidos ou pelo parceiro.
Em Rondônia, particularmente, os casos de violência também são crescentes segundo a advogada Aline Silva, que na condição secretária geral adjunta e ouvidora da Ordem dos Advogados do Brasil – secional Rondônia – participou da implantação na entidade da Ouvidoria da Mulher.
“Trata – se de um espaço no qual atendemos mulheres que sofrem violência”, explica ela, ressaltando que as vítimas são acolhidas, orientadas e cada caso é tratado conforme a sua peculiaridade. “A orientação é muito importante porque muitas mulheres que nos procuram desconhecem os seus direitos”, destaca.
Ao avaliar as estatísticas apresentadas pela OMS, Aline Silva observou que em Rondônia, é crescente o índice de violência doméstica, porém os números não são fidedignos porque além da dimensão populacional, as mulheres vítimas de violência domésticas demoram muito para denunciar as agressões sofridas.
Com isso, segundo ela, os casos acabam tendo o grande índice de subnotificação, principalmente nos últimos meses devido o isolamento social imposto pela pandemia da Covid – 19. “Neste período pandêmico, estamos vivendo um momento crítico para essa questão”, lamenta ela, informando que a Ouvidoria da Mulher da OAB é um dos marcos da gestão do presidente da OAB/RO, Elton Assis.
Ela informou que o projeto original contemplava as advogadas do estado, mas o atendimento foi ampliado para que todas as mulheres que passam por qualquer tipo de violência sejam atendidas, uma vez que a Ordem tem o papel constitucional de defender a cidadania.