A principal causa de morte de meninas adolescentes é a materna
Foto: Divulgação
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Iniciado no ano de 2006 na Maternidade Municipal Mãe Esperança em Porto Velho, o projeto “De Novo Não” surgiu da constatação de que mais de 30% dos partos realizados naquela maternidade pública eram de adolescentes que na maioria das vezes engravidavam novamente.
De acordo com a presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Rondônia, Ida Peréa, a ideia do projeto foi reduzir esses índices e a partir de sua implantação houve um intenso trabalho de ações de planejamento reprodutivo que vem reduzindo significativamente esses dados, chegando, na última década, a uma redução de 32,35% nos partos de adolescentes na capital de Rondônia.
“A partir do ano de 2017 foi incluído além do DIU, o implante contraceptivo chamado implanon que protege de gravidez por até 3 anos. Lamentavelmente desde de junho desse ano, esses dispositivos que eram disponibilizados pelo Governo do Estado deixaram de ser distribuídos, o que é uma pena pois este implante assim como o DIU pode ser usados imediatamente após o parto”, afirmou Ida Peréa.
Ida Peréa, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de Rondônia - ASSOGIRO.
A prefeitura de Porto Velho se prontificou a adquirir o material anticoncepcional que deixou de ser fornecido pelo Governo do Estado.
É importante sempre ter em mente que a principal causa de morte de meninas adolescentes são as complicações da gravidez e do parto, ou seja, morte materna. A meta brasil do objetivo do desenvolvimento sustentável é 30/100.000 e hoje a razão de morte materna é 65/100.000, ou seja, mais que o dobro.
Segundo a presidente da ASSOGIRO, a organização mundial da saúde considera que reduzir a gravidez na adolescência é a maneira mais eficaz de evitar a morte nesta faixa etária, além de garantir que elas continuem na escola e possam ter um futuro mais promissor.
Por esse motivo existe essa mobilização para que o projeto persista E seja ampliado.
“Nós médicos ginecologistas estamos fazendo a nossa parte para evitar que historias tristes continuem se repetindo com nossos jovens”, finalizou a médica Ilda Peréa.
Conheça mais sobre o trabalho do projeto através da página no Facebook (CLIQUE AQUI).
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!