Expectativa é de que a data movimente R$ 12,5 bilhões; quase 99 milhões de pessoas pretendem presentear o parceiro. Tíquete médio será de R$ 127, uma queda real de 27% em relação ao ano passado. Roupas devem ser as campeãs de vendas
Foto: Divulgação
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Ainda em meio a um quadro de atividade econômica desaquecida, o apetite de gastos do brasileiro este ano deve ser mais moderado ao ir às compras no Dia dos Namorados. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais mostra que seis em cada dez consumidores (63%) esperam presentear alguém na data, o que representa aproximadamente 98,7 milhões de pessoas — número que se mantém estável na comparação com o ano passado. Os dados também mostram que em 2018, 57% adquiriram presentes. Para este ano, a expectativa é de que sejam injetados cerca de 12,53 bilhões de reais na economia.
Em média, o consumidor planeja desembolsar R$ 126,98 com os presentes do Dia dos Namorados, ante R$ 166,87 em 2018 — uma queda de 27,5%, já descontada a inflação acumulada do período. Importante notar que 15% ainda não decidiram o valor que será gasto. Para um terço (34%) dos entrevistados, a intenção é gastar a mesma quantia do ano passado, enquanto 28% mais. Outros 17% esperam diminuir o valor gasto, principalmente as mulheres (26%). Quanto à forma de pagamento, 59% disseram que pretendem pagar a compra à vista, especialmente em dinheiro (38%) e 39% preferem parcelar.
De acordo com o levantamento, seis em cada dez (63%) consumidores garantem que comprarão um único presente, enquanto 27% pretendem adquirir dois ou mais itens. “Ainda que Rondônia esteja em situação privilegiada, em relação ao restante do país, o Brasil, como um todo, vive os efeitos de uma economia instável, altas taxas de desemprego e orçamento apertado. Mas, mesmo em tempos de contenção de gastos, esta é uma data importante, em que o ato de presentear acaba sendo uma demonstração de afeto”, destaca a presidente da CDL, Porto Velho, Joana Joanora das Neves.
Mais da metade dos consumidores tem a percepção de que os produtos estão mais caros este ano; 76% pesquisarão preços antes de comprar
Quase seis em cada dez entrevistados (56%) têm a percepção de que os produtos estão mais caros do que no ano passado. Outros 38% acreditam que os presentes se mantiveram na mesma faixa de preço e apenas 5% acham que os produtos estão mais baratos do que em 2018. De olho no bolso, 76% dos consumidores pretendem fazer pesquisa de preço. Entre os que disseram ir em busca de melhores ofertas, 69% pretendem usar a internet como aliada, 48% pesquisarão em shoppings e 43% em lojas de rua.
O simbolismo em torno desta data comemorativa ajuda a explicar a decisão de presentear. A pesquisa constatou que 47% dos que farão compras no Dia dos Namorados consideram o ato de presentear um gesto importante, ao passo que 46% têm o costume de presentear as pessoas que gostam. Os mais lembrados na ocasião serão os cônjuges (59%) e namorados (35%).
A sondagem revela ainda que 52% estavam dispostos em ir às compras na primeira semana de junho. Já 16% deixarão para a véspera do Dia dos Namorados e 14% disseram que anteciparam para o mês de maio.
Já em relação ao local onde será comemorado o Dia dos Namorados, os consumidores se dividem entre a própria casa (37%) e os restaurantes (27%). Na escolha do presente, os fatores mais levados em conta são a qualidade do produto (23%) e o perfil do presenteado (20%). Ainda segundo apontou a pesquisa, 70% acreditam que também vão receber presentes na data.
33% pretendem comprar presentes mesmo com contas em atraso, entre esses a maioria está com nome sujo
Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que três em cada dez (33%) entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso. Entre esses, 69% estão com CPFs negativados em serviços de proteção ao crédito. Além disso, 7% deixarão de pagar alguma conta para comprar o presente da pessoa amada.
Os dados revelam ainda que 30% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro. As justificativas para ultrapassar os limites do orçamento passam pelo desejo de agradar o cônjuge ou namorado (37%), por achar que o parceiro merece (34%) e pelo desejo de impressionar (10%). “.
Metodologia
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com 894 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes no Dia dos Namorados. Em seguida, continuaram a responder o questionário 605 casos de consumidores que tinham a intenção de comprar presente no Dia dos Namorados este ano. As margens de erro, respectivamente, são de 3,3 pontos percentuais e 4,0 p.p. para um intervalo de confiança a 95%.
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