Com o bloqueio anterior, anunciado em fevereiro (R$ 16,2 bilhões), o total de despesas congeladas somam agora R$ 18,2 bilhões
Foto: Reuters
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O governo decidiu bloquear mais R$ 2 bilhões do Orçamento deste ano, em razão da retirada de importantes receitas de sua previsão.
Com o bloqueio anterior, anunciado em fevereiro (R$ 16,2 bilhões), o total de despesas congeladas somam agora R$ 18,2 bilhões.
Parte deste bloqueio, porém, deverá ser liberado nos próximos meses. Segundo o Ministério do Planejamento, R$ 6,6 bilhões serão alvo de realocamento entre as pastas e só estão sendo segurados até que as edições dos créditos sejam concluídas.
Destes R$ 6,6 bilhões sairá a quantia que vai irrigar o recém-criado Ministério da Segurança Pública. Segundo George Soares, secretário do Orçamento federal, a cifra exata ainda não foi definida.
Como o Ministério da Segurança não estava no Orçamento, poderá ser necessária a edição de um projeto de lei para aprovar a inclusão de novas despesas com a pasta. Já as atividades que já existiam mas estavam sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça poderão ser irrigadas com portarias. Esta é a análise atual dentro da área técnica do governo.
O bloqueio também foi necessário para dar conta do gasto extra com a intervenção federal no Rio, no valor de R$ 1 bilhão.
Segundo o Planejamento, o governo vai retirar recursos de outras pastas (não mencionou quais) para bancar o crédito extraordinário para a intervenção.
Neste momento, a pasta aguarda o detalhamento das despesas e a justificativa técnica, pela Presidência da República, para elaborar o texto da medida provisória que será editada para liberar R$ 1 bilhão ao Rio.
"Tudo está ocorrendo o mais rápido possível, mas depende de alguns fatores. Eu imagino no início da semana que vem", disse Soares.
A tentativa de usar os recursos da reoneração da folha de pagamentos para a segurança aparentemente foi abandonada.
A reversão da política de desoneração, que beneficia 56 setores, tramita na Câmara. Embora a votação acelerada tenha sido aprovada nesta quarta-feira (21) na Câmara, o governo decidiu por prudência retirar a receita que constava do orçamento.
A aprovação do projeto de lei era esperada para o fim do ano passado, mas as negociações se arrastam na Câmara. Parlamentares temem os efeitos da reversão sobre emprego em pleno ano eleitoral.
Dessa maneira, o governo retirou R$ 7,5 bilhões em receitas do orçamento, relativos ao projeto de reoneração da folha de pagamentos. E acrescentou mais R$ 1,36 bilhão nas despesas, para compensar a Previdência Social pela política governamental.
O impacto total da retirada do projeto do Orçamento é, portanto, de R$ 8,9 bilhões.
Segundo George Soares, o bloqueio foi feito por prudência, até o governo ter certeza sobre esta receita. Mas há outros fatores que explicam o expurgo. A reversão careceria ainda de noventena para entrar em vigor, ou seja, nenhum centavo extra entraria no caixa do governo antes do segundo semestre.
"Não é que não se espere e não se lute pela aprovação, mas foi retirado por uma questão de risco", disse Soares. "É lógico que se tivermos a reoneração vamos melhorar o resultado, com a possibilidade de gastos inclusive na segurança."
O governo também decidiu ampliar os gastos congelados à espera da aprovação da privatização da Eletrobras. Em fevereiro, o governo havia bloqueado R$ 8 bilhões dos R$ 12,2 bilhões previstos. Agora, ampliou para R$ 11,6 bilhões.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!