De acordo com Filhão, apenas um grupo de taxistas é que foi contemplado com o “adesivo-aplicativo” e não toda a categoria dos taxistas
Foto: Rondoniaovivo
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O presidente do Sindicato dos Taxistas de Rondônia (Sindtaxi), Waldiney Souza Filhão, falou pela primeira vez em nome da categoria sobre a criação do Táxi Compartilhado, um serviço lançado há um mês, sob a alegação de melhorar financeira esses profissionais.
O líder sindical fez várias considerações sobre a nova modalidade e deixou claro que não é contra o “Táxi Compartilhado”, mas sim, da forma como ele foi concebido e principalmente sobre seus objetivos e os verdadeiros beneficiados. Para ele, o serviço não acrescenta nada à categoria.
“O táxi compartilhado funciona da seguinte forma: o taxista paga uma taxa de R$ 150 para se franquear a um serviço que utiliza um aplicativo que não existe para realizar tarefas que ele comumente já faz diariamente que é transportar passageiros. Nada mais que isso”, comentou.
De acordo com Filhão, apenas um grupo de taxistas é que foi contemplado com o “adesivo-aplicativo” e não toda a categoria. “O taxista não precisa pagar essa taxa porque já paga seus impostos para ter seu direito assegurado pelas autoridades de trânsito”, ironizou Filhão.
Segundo Filhão, o tal aplicativo que o serviço utiliza para atender passageiros não existe e na prática, alguns colegas estão incorrendo no erro da “lotação”. “Não existe este aplicativo. O que existe são carros que utilizam adesivos que dão direito a pegar passageiros nas paradas de ônibus. Isso chama-se lotação, que é proibido pela legislação”, denunciou.
ELEITORAL
Filhão disse que por trás de toda essa questão do “Táxi Compartilhado”, possivelmente há questões eleitoreiras, já que a maioria dos políticos que apoiam a ideia está de olho em suas (re) eleições como é o caso do presidente do Sintax, Chiquinho Ferreira.
Segundo o sindicalista, o Táxi Compartilhado tem o apoio de pessoas que sempre utilizaram o meio sindical do transporte para se elegerem, a exemplo do deputado José Hermínio, do ex-vereador Cláudio Carvalho, além do senador Acir Gurgacz e vários outros vereadores da Câmara Municipal de Porto Velho.
“Foi o senador Acir que abriu o espaço na mídia para Chiquinho se autoproclamar dirigente da categoria e colocou o Hermínio para fazer as articulações políticas com outros representantes e fazer o lobby para o Táxi Compartilhado. Esse grupo nunca trouxe nada de benefício para a categoria. É bom que se diga que Chiquinho está proibido judicialmente de falar em nome da categoria dos taxistas desde junho de 2014”, ressaltou Filhão.
Ao finalizar, Filhão disse que na audiência da Câmara Municipal, realizada em dezembro de 2017 pediu à Semtran, a fiscalização dos aplicativos (Uber) e transportes clandestinos que atuam no serviço do transporte de passageiro da capital. “Iremos ainda à Justiça do Trabalho exigir a punição do presidente do Sintax por descumprimento de decisão judicial”, finalizou.
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