Na programação consta o lançamento da revista que celebra os 70 anos da escola '7 Décadas de Conhecimentos'
Foto: Divulgação
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O aniversário de 70 anos de criação da Escola Carmela Dutra será comemorado nesta quinta-feira, 14, às 17 horas, com programação cultural, no pátio da instituição. A programação contará com o lançamento da revista '7 Décadas de Conhecimentos'.
O evento contará também com a plantação de sete pés de Ipê, cada um representando uma década de ensino, com temas diferentes. Os funcionários que passaram pela instituição serão homenageados com placas comemorativas.
Na ocasião, o vice-governador Daniel Pereira, o deputado estadual Léo Moraes e o historiador Anisio Gorayeb estarão presentes à solenidade, assim como a direção, corpo docente e discente da escola, além de convidados.
O Instituto fica localizado na avenida Farqhuar, nº 1913, bairro Arigolândia.
Um pouco da história
A escola foi criada, por intermédio do decreto n°47, de 19 de dezembro de 1947, expedido pelo major do exército Frederico Trotta, governador do Território Federal do Guaporé, sendo diretor da Divisão de Educação (equivalente à secretaria), a professora Laudímia Trotta.
O decreto dispõe:
Art. 1° Cria o curso normal regional do Território Federal do Guaporé.
Art. 2° O curso normal regional do Território Federal do Guaporé se denominará “Carmela Dutra”, em homenagem à memória da ilustre dama que tão bem encarnava todas as virtudes da mulher brasileira.
Abaixo um texto do ex-aluno, ex-mestre da escola Abnael Machado de Lima, historiador, onde relata um fato histórico e curioso:
Primeiro Corpo Docente
Para a instalação e funcionamento escolar a partir de 1948, como foi programada, surgiu um impasse sem condições de o superar, no plano orçamentário do Território aprovado pelo Ministério do Interior e Justiça, não constava dotação para custeio de suas despesas. A solução era adiar a sua instalação.
Ao tomarem conhecimento da decisão do governo, um grupo de cidadãos e cidadãs se comprometeram a lecionar gratuitamente, foram eles: Os médicos Ari Tupinambá Pena Pinheiro, Ernesto Laudelino de Almeida e Frederico de Moura Marinho; os professores Enos Eduardo Lins, José Augusto da Câmara Leme, Nélio Lins Guimarães, Marise Magalhães Costa Castiel, Cléa Bringel Guerra, Maria do Carmo Ribeiro. Os engenheiros José Otino de Freitas e Carlos Afonso; Os advogados José de Melo e Silva e Foad Darwich Zacarías; O Estetístico Antônio Freijar e o jornalista Oderlo Beleza Serpa.
Graças ao civismo, ao compromisso com a promoção social, com desenvolvimento material e cultural de sua comunidade, demonstrado por essas pessoas, foi possível ser instalada a escola e dado início as atividades escolares, em 1° de março de 1948, com alunos da capital, com os oriundos de Costa Marques, Pedras Negras Surpresa, Guajará – Mirim, Abunã, Fortaleza do Abunã, e do baixo Rio Madeira, iniciando sua brilhante e produtiva trajetória, contribuindo com eficácia para o desenvolvimento social, econômico e cultural de Rondônia.
Essa interrompida pelos gestores do sistema educacional do Estado, os quais extinguiram todos os cursos de magistério de nível médio, alegando estarem cumprindo o §4° do artigo 87, da lei 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o qual dispõe: Até o fim da Década da educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço”.
A lei não determina, não exige a extinção dos cursos de magistério de nível médio, muito pelo contrário, admite a permanência de seu funcionamento, conforme dispõe o artigo 62 “A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores, admitida como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas primeiras séries do ensino fundamental, aferecida em nível médio, na modalidade Normal.
O Racional, teria sido transformar o Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra, em instituto superior de educação, de conformidade com o disposto na lei supramencionada.
Assim sendo, para minimizar o grande prejuízo causado ao Estado e a sua população, em especial à escolar, sugiro ao Senhor Governador transformar a escola Carmela Dutra em Instituto superior de educação, mantendo o curso de magistério de nível médio e de nível superior, premiando-a em reconhecimento ao seu profícuo trabalho no decorrer dos seus sessenta e cinco anos de existência.
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