NÃO QUEREM – Alunos protestam contra instalação do colégio Tiradentes

Concentrados em frente à escola, dezenas de alunos seguravam cartazes e gritavam palavras de ordem contra a militarização. Mas, ressaltam que não são contra uma escola militar, e sim contra a militarização do Zilda da Frota Uchoa. “Não somos contra uma e

NÃO QUEREM – Alunos protestam contra instalação do colégio Tiradentes

Foto: Divulgação

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Alunos da escola Zilda da Frota Uchoa, para a qual existe um projeto proposto pelo vereador Suchi (PTN) de militarização do ensino, fizeram na manhã desta sexta-feira, 26, um protesto contra a iniciativa do parlamentar. O decreto que permite à instituição como extensão do Colégio Militar Tiradentes, de Porto Velho, apresentado pelo Governo do Esttado, já foi aprovado na Assembleia Legislativa.

De acordo com a direção da escola, a iniciativa partiu dos alunos do ensino médio, mas teve a adesão de estudantes do fundamental. A direção também esclareceu que as aulas aconteceram normalmente para aqueles que não aderiram ao movimento. “O Zilda sempre funcionou de forma democrática, se o aluno quer protestar, ele tem esse direito, mas precisa respeitar o direito de quem optou por estudar, e isso acontece”, disse o diretor Antônio Nogueira.

Concentrados em frente à escola, dezenas de alunos seguravam cartazes e gritavam palavras de ordem contra a militarização. Mas, ressaltam que não são contra uma escola militar, e sim contra a militarização do Zilda da Frota Uchoa.  “Não somos contra uma escola militar, somos contra que ela seja implantada no Zilda, uma escola que tem quase 35 anos de história e a gente não quer que essa história acabe com um simples decreto. Se construírem uma escola vai ser melhor para o nosso município, vai ser melhor para todo mundo, mas não no Zilda. Muita gente estuda aqui desde o sexto ano e não queremos que os militares cheguem aqui e tomem a nossa escola”, disse Ana Caroline Pereira, estudante de 15 anos.

Os alunos, que chegaram a bloquear temporariamente o tráfego de veículos em frente a escola, se dizem temerosos pelo futuro, porque ninguém ainda apresentou projeto algum que explique como será o funcionamento do colégio pós-militarização. “A gente tem em mãos um projeto de militarização que eles dizem que não é esse modelo que será adotado no Zilda, mas já que esse não é o modelo, que eles tragam pra gente o projeto deles para a gente ficar seguro, por que aqui ninguém está seguro; a gente não sabe se vamos poder permanecer na escola, se  teremos que pagar, ou fazer provas para ingressar, o que nós queremos são respostas, respostas que até hoje ninguém deu”, explicou Ana Caroline.

“Ele (vereador Suchi) não conversou com ninguém, nem com alunos, nem com os pais, nem com a direção da escola. Alguns pais foram atrás e ele disse que iria implantar e pronto. A ordem veio lá de cima, ele simplesmente decidiu que a escola Zilda iria ser militar e acabou. Para ele a nossa opinião não serve de nada, somos apenas estudantes sem nenhum direito de ser escutado, quando somos nós que fazemos a escola. Por isso estamos fazendo este manifesto, e se for preciso chegar ao extremo de ocuparmos a escola, nós iremos ocupar”, disse a estudante de 16 anos, Maiara Reis.   

 

 

 

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