Campanha de combate à sífilis será lançada nesta quarta
Foto: Divulgação
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A Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) abre nesta quarta-feira (5) a campanha de combate à sífilis. O lançamento acontece no Rondon Palace Hotel em Porto Velho, a partir das 8h. Segundo o chefe de núcleo de DST/Aids e Hepatites Virais da Agevisa, Natanael da Costa Arruda, a campanha tem como objetivo universalizar o diagnóstico e tratamento na rede básica de saúde para reduzir os índices da doença, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo Natanael Costa, a OMS estima um milhão de casos de sífilis por ano entre as gestantes, e preconiza a detecção e o tratamento oportuno de mulheres grávidas e de seus parceiros sexuais com sífilis, considerando que a infecção pode ser transmitida ao feto e causar graves deformações. A eliminação da sífilis congênita e da transmissão vertical do HIV constitui prioridade conforme as metas estabelecidas pela iniciativa de eliminação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que estabeleceu a redução da taxa de transmissão vertical do HIV para menos de 2% e da incidência de sífilis congênita para menos de 0,5 caso por 1.000 nascidos vivos até o ano de 2015.
O Brasil está longe de conseguir a meta. Em 2013 o País registrou 13.705 casos de sífilis congênita, o percentual foi de 4,7 para cada 1.000 nascidos vivos. Em 2014 o Estado de Rondônia registrou 67 casos, o que representa 2,57 casos para cada 1.000 crianças nascidas vivas. No mesmo ano a cidade de Porto Velho registrou 45 casos, o índice foi de 5,01 para cada 1.000 bebês nascidos vivos.
A coordenadora da Sífilis da Agevisa, Gilmarina Silva Araújo, disse que o combate à doença ficou prejudicado porque faltou mundialmente matéria-prima para se produzir o medicamento para combater a doença, que é a Penicilina Benzatina. “Todos os meses os meses do ano são enviados para as unidades básicas de todos os municípios do estado o medicamento e os quites para realização dos testes rápidos”, afirmou Gilmarina Silva.
A enfermeira e técnica do núcleo DST/Aids e hepatites Virais, Roseli Antunes da Silva, disse que a Agevisa tem treinado os técnicos que trabalham nas unidades básicas de saúde dos municípios para diagnosticas a doença, e fornece o medicamento e o quite para realização do teste rápido. “Antigamente o teste demorava em média três meses para ficar pronto, agora o resultado sai em meia hora”, disse a enfermeira.
PÚBLICO ALVO
A campanha tem como público alvo mulheres grávidas, pois a bactéria da sífilis pode infectar o bebê durante a gravidez, e quando isso acontece recebe o nome de sífilis congênita. Um bebê com sífilis pode nascer sem os sintomas da doença, porém, se não for tratada, a criança pode desenvolver graves problemas de deformidade e pode até morrer. A gestante deve fazer o teste rápido assim que descobrir que está gravida. Se for diagnosticada a doença, o parceiro também deve fazer o tratamento, que é oferecido de graça nas unidades básicas de saúde.
A sífilis pode ser transmitida através da relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. O uso regular do sexo com preservativo é a única forma de se prevenir contra a doença.
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