"Acreditamos que não seja necessário o aumento de tributos", afirmou o ministro da Fazenda
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (3) que os sinais de recuperação da economia reduzem a necessidade de aumento de tributos para cobrir o déficit público.
"Acreditamos que não seja necessário o aumento de tributos", afirmou Meirelles, em palestra no Rio, após enumerar indicadores que mostraram melhora nas últimas semanas, como a confiança do empresariado e do consumidor e o crescimento da produção industrial.
Divulgado pelo IBGE na terça-feira (2), o indicador de produção industrial cresceu 1,1% em junho, o quarto mês seguido de alta na comparação com o mês anterior, frisou o ministro.
Ele argumentou ainda que a trajetória da arrecadação tem acompanhado, nos últimos anos, o nível de confiança do empresariado, que começou a melhorar.
"Não abrimos mão do cumprimento da meta, mas tudo indica que será via arrecadação, com a recuperação da atividade econômica, e via receita com concessões", concluiu.
VEJA TAMBÉM: FMI recomenda aumento de impostos para o Brasil
Meirelles reforçou, porém, a necessidade de reforma na previdência, para evitar aumento de 10% na carga tributária em relação ao PIB nos próximos 10 anos.
"Mais importante do que definir a partir de que idade (a pessoa) vai receber a aposentadoria, é garantir que ela vai receber. E já temos estados com problemas nessa área", defendeu.
Em sua palestra, o ministro voltou a argumentar que o debate em torno dos limites de reajustes para servidores não têm impacto no processo de renegociação da dívida dos estados.
Segundo ele, a principal contrapartida, que é a limitação do crescimento dos gastos à inflação do ano anterior, será mantida. Essa parte, diz o ministro, é "inegociável".O limite dos reajustes, frisou, era uma "questão secundária", incluída no debate pelos próprios governadores e não pelo governo federal.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!