Pontes e acampamentos ilegais são destruídos em reserva florestal

Pontes e acampamentos ilegais são destruídos em reserva florestal

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Foto: Divulgação

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A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) encontrou e implodiu diversos acessos construídos em estradas no interior de algumas unidades de conservação para a retirada de madeira nobre da Floresta Amazônica em Machadinho D'Oeste, na região do Vale do Jamari de Rondônia. Conforme os órgãos participantes na operação que iniciou no dia 19 de maio, oito pessoas foram detidas, 19 acampamentos foram destruídos, 12 pontes foram implodidas e um total de madeira suficiente para carregar 10 caminhões foi apreendido.

A equipe de fiscalização percorreu dentro da rota de exploração ilegal na unidade de conservação. A reserva se tornou alvo dos invasores, que retiram as árvores nobres e chegam até a comercializar os lotes dentro da própria floresta. Em uma das abordagens realizadas, ocupantes de um automóvel fugiram e deixaram para trás um acampamento onde estavam instalados. Para evitar que não sejam utilizados novamente, os fiscais ateiam fogo em tudo que encontram.

De acordo com coordenador adjunto do Sedam, Sydnei Serafim Rodrigues, todos os homens detidos devem fazer parte de uma quadrilha especializada na extração de madeira nobre e chegam até a usar armamento de fogo para poder roubar a madeira. "Os invasores chegam aqui e ameaçam os moradores locais para conseguirem adentrar na reserva e fazer a retirada dessas cargas de madeira de forma ilegal e, ainda chegam a lotear as unidades de conservação", explica.

Uma fiscalização foi realizada durante a madrugada nas estradas clandestinas que dão acesso à reserva. Em um local de desmatamento, diversas árvores derrubadas foram encontradas à espera do transporte ilegal. Ao amanhecer, os fiscais sobrevoaram a área e detectaram que em 3% da reserva foi realizado o corte raso por parte dos invasores com destruição total da floresta. Porém, a exploração de madeira com alto valor de comercialização acontece em pelo menos 80% da unidade.Tal fato preocupa as 32 famílias remanescentes, que exploram de forma sustentável todos os recursos naturais da floresta. "Eles possuem uma mentalidade de vida completamente diferente da nossa. Acham que a terra só possui valor se estiver sem a floresta, mas para nós é totalmente ao contrário, a área só possui valor se a floresta estiver de pé", exclama um morador que preferiu não se identificar.

De acordo com os fiscais, nos cinco primeiros dias de operação, 12 pontes foram implodidas, 19 acampamentos foram destruídos, diversos equipamentos foram incendiados, oitos homens foram detidos e madeira suficiente para preencher 10 caminhões foi apreendida. A operação deve continuar pela região por até 15 dias.Todas as ações realizadas no meio da Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá aconteceram em uma operação conjunta de agentes fiscais do Sedam, Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Polícia Civil, Ministério Público e lideranças da comunidade local, além de homens do esquadrão antibombas que prepararam a área para ser implodida.
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