Sem os braços, servidor público é destaque e exemplo em torneio de futebol

Da Redação

09 de Novembro de 2015 às 07:55

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Sem os braços, servidor público é destaque e exemplo em torneio de futebol

Foto: Divulgação

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A vida do funcionário público Francisco de Oliveira Silva, o "Chicão", de 52 anos, tinha tudo pra ser de tristeza e lamentações. Sem os dois braços, deficiência física desde que nasceu, ele seria mais um a lamentar a vida, mas fez do problema uma motivação.

O fato de não possuir os dois braços nunca foi uma barreira para que "Chicão" se isolasse do mundo, da família, dos amigos, pelo contrário. No bairro onde mora sempre foi admirado, principalmente no campo da AFA (Associação Futebolistica do Areal), que fica localizado no bairro Areal na região central de Porto Velho.

No último domingo (8), "Chicão" partiu para mais um torneio dos muitos que já disputou na vida. A competição reuniu equipes da AABB, da Imprensa e do Areal, campeã do confronto graças aos gols que "Chicão" marcou. Ele foi o artilheiro da competição. Não pensem que os zagueiros facilitaram pra ele, negativo. Chicão joga de igual pra igual. Tanto que aplicou uma caneta (drible por baixo das penas) em um defensor e acabou no chão, derrubado pelo adversário.

Quem não o conhecia tomou um susto e ficou impressionado quando viu em campo um jogador sem os dois braços. A deficiência não impede que Chicão seja um atacante perigoso, tanto que ao lado dos companheiros, comemorou mais um título na vida de “jogador".

“Jogo, me divirto, uma felicidade muito grande porque as pessoas me aceitam como eu sou, não tem preconceito com nada, levo a vida numa boa, normal. Nos olhos deles sou normal e pra eles e isso é muito bom”, disse Chicão.

"Chicão" ainda aproveitou para enviar uma mensagem para aquelas pessoas acometidas por deficiências físicas e que por um motivo ou outro, preferem se isolar, se esconder.

“ Tem que levantara cabeça, não ter vergonha de si mesmo porque a vida é boa. Foi Deus quem deu a vida pra gente e apesar de ser do jeito que é, tem que superar, esquecer e ser feliz. O importante é ser feliz”, finalizou.

Direito ao esquecimento

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