“Câmeras mostram que criança saiu andando e não cambaleando”, diz creche em nota

“Câmeras mostram que criança saiu andando e não cambaleando”, diz creche em nota

“Câmeras mostram que criança saiu andando e não cambaleando”, diz creche em nota

Foto: Divulgação

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A creche Carinho de Mãe, em Porto Velho, emitiu nota na última quarta-feira sobre as acusações de dopping contra uma criança de 5 anos, episódio que veio à público através de duas gravações distribuídas pelo aplicativo Whatsapp, gravadas pela mãe e pela avó da criança. Na nota, a creche esclarece que foi feito um exame toxicológico na criança, cujos resultados deram negativo. Também informou que imagens de câmera de segurança mostraram a criança saindo da creche andando, e não “cambaleando ou desacordada” conforme relataram a mãe e a avó do menino.

A creche também apresentou uma cronologia dos acontecimentos e a sua total colaboração com as autoridades, além das ameaças que sofreu por parte de algumas pessoas durante o episódio. Veja abaixo a íntegra da nota:

SEGUNDA NOTA DE ESCLARECIMENTO

Porto Velho, 16 de setembro de 2015.

Vimos através desta expor as novas informações acerca dos acontecimentos do dia 20 de agosto, quando a mãe de um aluno acusou nossa escola de doping.

1) Das ações tomadas pela escola

Recebemos o áudio da mãe do aluno tarde da noite do dia 20, uma quinta-feira. Dirigi-me à escola para buscar os dados da mãe do aluno e buscar a impressora para imprimir as inúmeras ameaças estávamos recebendo para mostrá-las ao policial de plantão quando fizesse o B.O. A tal caixa preta que filmaram sendo retirada da escola trata-se simplesmente da impressora que levei para casa, pois estava insegura em continuar no prédio da escola de uma vez que recebemos ameaças de invasão. Já passava da 1 da manhã quando me encaminhei à 3ª Delegacia de Polícia para abrir um Boletim de Ocorrência contra a sra. Camila Yasmim Barros.

No dia 21, sexta-feira, os pais dos nossos alunos compareceram à instituição para saberem mais sobre o ocorrido. Fizemos pequenas reuniões e lhes passamos as informações que tínhamos até o momento. A mãe e a avó da criança compareceram à escola para buscar o material escolar do aluno, mas recusaram qualquer tipo de conversa com a direção. A mãe sequer entrou na escola, não passando do portão de entrada.

Ainda na manhã do dia 21, recebemos uma visita surpresa do Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do município, quando, após uma vistoriarem nossas instalações, lavraram laudo ao constatarem que NÃO HÁ NENHUM TIPO DE MEDICAMENTOS NA ESCOLA além da caixa de primeiros socorros.

No fim da tarde do dia 21, recebemos a visita da Perícia Criminal da Polícia. Não havia nenhum ofício ou mandato de busca oficial, mas a escola lhes recebeu de bom grado. Caminhamos com o perito pelo espaço físico da escola e no final da visita lhes oferecemos amostras de produtos alimentícios da escola para análise laboratorial. Essas análises foram feitas pelo IML e resultaram em NEGATIVO para qualquer tipo de alteração.

Na segunda-feira, dia 21, após conversa com o delegado da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, colhemos as imagens das câmeras de monitoramento interno da escola e as ofertamos à delegacia, mais uma vez, por livre escolha da instituição e sem nenhum pedido oficial por parte da polícia.

NAS IMAGENS DO NOSSO MONITORAMENTO INTERNO, A CRIANÇA, AO CONTRÁRIO DAS ACUSAÇÕES FEITAS PELA MÃE E PELA AVÓ, SAI ANDANDO DA SALA DE DESCANSO ATÉ O CARRO AO ENCONTRO DA AVÓ. NÃO ESTAVA CAMBALEANDO, NÃO SAIU CARREGADA. SAIU ANDANDO. A avó, inclusive, já havia entrado em contato com a escola naquela manhã da quinta-feira, dia 20, avisando que buscaria a criança mais cedo.

 

Na última sexta-feira, dia 11 de setembro, recebemos a notícia da conclusão do exame toxicológico da criança, onde, como já sabíamos, O RESULTADO FOI NEGATIVO PARA QUALQUER TIPO DE DOPING. O exame não foi feito no Estado de Rondônia, já que o IML do Estado não possui reagente para tanto. Foi realizado por um laboratório particular em Minas Gerais, a pedido da DPCA.

Desta forma, fica claro que as acusações feitas pela sra. Camilia, que feriram profundamente a nossa integridade como instituição, foram FALSAS. Não há provas para as suas acusações, ao contrário, nós da Carinho de Mãe podemos provar que são FALSAS através dos resultados dos laudos e imagens do monitoramento interno.

Trabalhamos há 18 anos na cidade de Porto Velho, fazendo o melhor trabalho de educação infantil do nosso Estado. Estávamos a espera do resultado deste exame para podermos entrar com as ações cabíveis contra a mãe e avó da criança, o que as faremos até o final desta semana.

2) Das consequências das acusações

Por nenhum momento a escola se esquivou de conversas e questionamentos. Recebemos visitas de pais, familiares e de membros da DPCA e da Perícia Criminal, mesmo sem haver nenhuma investigação sendo feita contra a instituição. Continuamos com a escola aberta, realizando o trabalho normal com nossos alunos e dando continuidade aos eventos marcados no nosso Calendário Escolar. Depois do ocorrido, realizamos a Amostra Folclórica e o III JICA – Jogos Internos Carinho de Mãe, ambos com grande sucesso entre os alunos e pais.

Durante o alvoroço das acusações, recebemos ameaças de morte, de agressão física, de depredação do prédio da escola e muitas outras. As funcionárias foram abordadas na rua, sentido-se constrangidas em usar o uniforme fora do espaço escolar pelas constantes abordagens que sofreram pela sociedade. Perdemos alunos, o que diminuiu consideravelmente o orçamento escolar. Por consequência, tivemos de demitir funcionárias, que perderam sua estabilidade salarial.

As acusações da sra. Camila não afetaram só o seu filho e a Carinho de Mãe, desestabilizaram toda a comunidade escolar, passando por alunos que perderam seus colegas de classe, pais que foram constantemente abordados em seus locais de trabalho acerca dos acontecidos, funcionárias que foram constrangidas na rua e que perderam o emprego e a instituição que teve seu nome manchado, integridade moral arruinada e estabilidade financeira comprometida.

Após a saída do exame toxicológico, demos entrevistas à SIC TV e TV Allamanda, falando sobre o caso. As reportagens devem ir ao ar nesta semana. Disponibilizamos para as emissoras as imagens do monitoramento interno que citamos acima.

Em semelhança ao Caso Escola Base de São Paulo, todas as acusações feitas contra nossa instituição foram FALSAS. Diferentemente daquele caso, a imprensa não foi a responsável pela disseminação das falsas informações, e sim a própria sociedade portovelhense que compartilhou os áudios sem pensar duas vezes na seriedade das acusações e suas consequências.

A Carinho de Mãe continua à disposição para eventuais questionamentos e continuaremos trabalhando com a mesma transparência e integridade de sempre. Disponibilizaremos as novas informações que recebermos à medida do possível.

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