Também participaram da reunião o prefeito e o presidente da Câmara de Vereadores de Vilhena, além de empresários.
Foto: Divulgação
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A ACIV (Associação Comercial e Empresarial de Vilhena) realizou na tarde da última sexta-feira (12) um debate sobre segurança pública. A entidade convidou todos os organismos ligados ao tema, como as polícias militar, civil, rodoviária federal e federal, além do Ministério Público e Judiciário. Também participaram da reunião o prefeito e o presidente da Câmara de Vereadores de Vilhena, além de empresários.
A reunião começou as 15h15 e se estendeu por mais de 3 horas. O presidente da ACIV, advogado Josemário Secco iniciou os trabalhos e deu o tom da reunião. Em nome da ACIV, o advogado convocou os presentes a se unirem afim de combaterem o aumento da criminalidade em Vilhena. “Não estamos aqui para discutir a lei ou buscar culpados para o problema. Queremos e precisamos encontrar soluções práticas para combater o problema. Identificar o que cada um de nós pode fazer, como pessoa, para enfrentar essa situação”, disse Josemário Secco.
Após a fala do presidente de ACIV, representantes da sociedade também discursaram expondo o que pensam sobre o tema e o que esperam das autoridades. Os discursos convergiram para a sensação de insegurança que paria sobre a cidade e para a necessidade de enfrentamento do crime. “Todos concordamos que a questão da segurança pública é bastante complexa, e que depende de políticas públicas e investimentos, mas enquanto os governantes não se mexem a sociedade precisa se mexer. Sabemos que a culpa não é da polícia, que está na ponta desta cadeia, mas não podemos ficar parados diante de tudo que está acontecendo”, disse o empresário Gelson Schmitt, que é vice-presidente da ACIV.
Os discursos dos órgãos policiais presentes também foram convergentes. Apesar das atribuições diferentes de cada polícia, os problemas relatados pelos representantes de cada instituição são semelhantes: falta de estrutura e de pessoal, e desmotivação. A Polícia Militar, por exemplo, conta com um deficit de 55% no efetivo do 3º Batalhão, que atende os municípios do Cone Sul do estado, incluindo Vilhena. Além disso, existe uma grande pressão da sociedade e da justiça sobre os policiais, o que tem causando grande desmotivação entre eles. “A polícia está trabalhando no seu limite”, disse o promotor de justiça João Paulo Lopes. Temos que valorizar o trabalho da polícia. Se queremos achar culpados, temos que colocar a culpa nas pessoas certas, nas pessoas que fazem as leis. As forças policiais e o judiciário apenas cumprem a lei”, ressaltou o juiz da vara de execução penal, Adriano Lima Toldo.
Mesmo com limitações, os órgãos policiais firmaram um pacto para enfrentar a onda de violência. “A ideia é formar uma operação conjunta integrando todas as forças policiais existentes na cidade a fim de enfrentarmos essa onda crescente de roubos”, disse o tenente coronel PM, Paulo Gonçalves, comandante da CRP-3 (Coordenadoria Regional de Policiamento). “Vamos unir as nossas forças para combater essa onda de violência. A PRF vai atuar no que for necessário para isso”, assegurou João Paulo Monteiro Lobato, inspetor chefe da Polícia Rodoviária Federal em Vilhena.
No encontro ficou agendada uma reunião para a próxima quarta-feira, onde as polícias militares, civil, rodoviária federal e federal vão traçar a estratégia de ação neste “frentão contra o crime”. Segundo o delegado regional da Polícia Civil, Fábio Henrique Fernandez, existe uma organização criminosa atuando em Vilhena, o que exige uma postura diferente das forças policiais. “O crime organizado chegou na cidade e para o enfrentamos precisamos atuar com inteligência e energicamente”, afirmou. “A polícia federal vai utilizar sua é expertise – experiência – para apoiar a operação. Cremos que podemos e vamos contribuir nesta causa”, disse Flori Cordeiro, delegado chefe da Polícia Federal em Vilhena.
Para o presidente da ACIV, o debate de sexta-feira foi muito produtivo, e alcançou o objetivo proposto. “Esperávamos justamente isso, um engajamento de todos na busca por uma solução para o problema da criminalidade”, finalizou Josemário Secco.
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